O juiz federal Carl Nichols determinou que os documentos do visto do Príncipe Harry nos Estados Unidos sejam divulgados até o final desta terça-feira, 18. A decisão pode esclarecer se o duque de Sussex omitiu informações sobre seu uso de drogas ao preencher os formulários de imigração.

A ação judicial foi movida pela Heritage Foundation, um think tank conservador, que argumenta que Harry pode ter recebido tratamento preferencial ao obter um visto para residir nos EUA.

Em sua autobiografia Spare e em entrevistas, o príncipe admitiu o uso de maconha, cocaína e cogumelos alucinógenos, o que levanta dúvidas sobre suas respostas na solicitação de visto.

O Departamento de Segurança Interna dos EUA (DHS) resistiu à divulgação dos documentos, alegando questões de privacidade e segurança nacional.

O juiz Nichols aceitou redações sugeridas pelo governo para manter certos trechos confidenciais, mas ordenou a liberação da maior quantidade de informações possível.

Líderes republicanos no exterior, como Greg Swenson, presidente do Republicans Overseas UK, defendem que, caso fique comprovado que Harry mentiu, ele deveria deixar os EUA voluntariamente para evitar uma deportação forçada. Já Trump, que anteriormente sugeriu que poderia agir contra o príncipe, disse recentemente que não pretende intervir.

Especialistas em imigração sugerem que Harry pode ter recebido um visto especial, como o A-1, reservado para chefes de Estado e membros de famílias reais, o que o isentaria da triagem tradicional. No entanto, esse detalhe não foi confirmado e pode permanecer oculto nos documentos liberados.

A divulgação dos papéis pode ter consequências para o futuro do duque nos EUA. Caso fique provado que ele forneceu informações falsas, ele poderá enfrentar processos administrativos e até mesmo ser deportado. Por enquanto, seus representantes não comentaram o caso.