Ucrânia chama eleições de “farsa” e Putin apela por patriotismo
“A Ucrânia apela aos Estados estrangeiros e às organizações internacionais que se abstenham de reconhecer os resultados destas ´eleições´", diz comunicado
A Ucrânia apelou à comunidade internacional, nesta quinta-feira, 14 de março, para rejeitar o resultado das eleições presidenciais russas, descrevendo como “farsa” a votação marcada para 15 a 17 de março na Rússia, onde Vladimir Putin tem a garantia de uma reeleição triunfante.
“A Ucrânia apela aos Estados estrangeiros e às organizações internacionais (…) que se abstenham de reconhecer os resultados destas ´eleições´ organizadas em particular nos territórios ucranianos ocupados pela Rússia”, informou a diplomacia ucraniana em comunicado.
O presidente Vladimir Putin, por sua vez, apelou ao povo russo, também nesta quinta-feira, 14, para que mostrasse “patriotismo” votando nas eleições presidenciais marcadas para 15 a 17 de março na Rússia: “Peço-lhe que vote e expresse a sua posição civil e patriótica, que vote no candidato que escolheu, para um futuro brilhante da nossa amada Rússia”, declarou Vladimir Putin num discurso de vídeo, transmitido pela televisão pública. “Participar hoje nas eleições é mostrar os seus sentimentos patrióticos”, sublinhou.
Vladimir Putin disse que as escolhas patrióticas eram claras para os residentes das regiões de Donbass e Novorossiya, que votaram a favor da anexação pela Rússia durante referendos organizados em 2022 e denunciados pelos países ocidentais como ilegais: “Eles votaram num referendo, nas condições mais difíceis, a favor da unificação com a Rússia e farão novamente a sua escolha nos próximos dias”, disse Putin. “Os participantes da operação especial também votarão. Eles são um exemplo para todos os russos”, afirmou o presidente russo.
“É essencial sublinhar a nossa coesão e determinação e avançar juntos. Cada votação é importante e significativa”, disse ainda Vladimir Putin, que está no poder desde 2000.
Dois candidatos que esperavam concorrer com uma plataforma que apelava ao fim da guerra na Ucrânia, oficialmente descrita pela Rússia como uma “operação militar especial”, foram declarados inelegíveis.
No seu discurso em vídeo, Vladimir Putin disse que todos os eleitores querem ver uma Rússia forte, próspera e livre “para melhorar o padrão e a qualidade de vida”.
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