O ministro das Relações Exteriores da Turquia, Hakan Fidan, convocou a ONU e outras potências globais para apoiar a criação de uma “administração inclusiva” na Síria. A declaração ocorreu após a derrubada do regime de Bashar al-Assad, neste domingo, por forças opositoras, incluindo rebeldes apoiados por Ancara desde 2011.

Segundo Fidan, a Turquia está comprometida em assegurar a integridade territorial e a segurança do país vizinho, enquanto trabalha para reconstruir o território e viabilizar o retorno de refugiados sírios. Ele destacou que Ancara também atuará para impedir que grupos como o Estado Islâmico e o PKK se aproveitem do atual vácuo de poder.

Enquanto isso, a situação em Damasco continua tensa. Rebeldes do grupo Hayat Tahrir al-Sham (HTS), que liderou a ofensiva contra Assad, intensificaram os esforços para restaurar a ordem na cidade. Moradores relatam presença de tropas em instalações governamentais e campanhas para desarmar civis.

Na arena internacional, Israel realizou bombardeios em locais suspeitos de abrigar armas químicas na Síria, buscando evitar que tais recursos caíssem em mãos rebeldes. Paralelamente, França e Reino Unido mantêm posições cautelosas.

O governo francês condicionou seu apoio ao respeito aos direitos das minorias, enquanto o Reino Unido avalia sua postura em relação ao HTS, classificado como organização terrorista.