Tulsi Gabbard pede investigação por vazamentos de inteligência
Diretora de Inteligência Nacional afirma que informações confidenciais foram repassadas à imprensa para enfraquecer o governo Trump

A diretora de Inteligência Nacional dos Estados Unidos, Tulsi Gabbard, anunciou nesta quarta, 23, que encaminhou ao Departamento de Justiça duas denúncias criminais por vazamentos de informações confidenciais no interior da comunidade de inteligência do país.
Um terceiro encaminhamento, ainda em preparação, incluiria uma divulgação recente feita ao jornal The Washington Post. A medida marca o início de uma série de ações coordenadas pela gestão do presidente Donald Trump para responsabilizar funcionários públicos que, segundo Gabbard, agem para sabotar o governo.
De acordo com a diretora, os vazamentos envolveram temas sensíveis como as relações dos Estados Unidos com Irã, Israel e Rússia.
Ela afirmou que os responsáveis agiram com motivações políticas e classificou os autores das divulgações como membros da burocracia estatal que atuam à margem da lei para prejudicar o Executivo.
“O vazamento de informações confidenciais com fins políticos compromete a segurança nacional e precisa ser combatido com firmeza. Aqueles que o praticam serão identificados e responsabilizados na máxima extensão da lei”, declarou Gabbard em publicação na rede X (antigo Twitter).
Ex-deputada e veterana das Forças Armadas, Tulsi Gabbard foi indicada ao cargo em fevereiro de 2025 e confirmada pelo Senado por 52 votos a 48.
Desde sua posse, tem criticado o que considera uma politização indevida das 18 agências que compõem a estrutura de inteligência dos EUA, como a CIA, a NSA e o FBI.
Para enfrentar os vazamentos, anunciou a criação de uma força-tarefa para investigar suspeitos e reforçou a possibilidade de punições administrativas e criminais.
Entre os episódios citados pela diretora estão vazamentos para os veículos The Washington Post, HuffPost, The Record e NBC News. Ela não revelou os nomes dos envolvidos nem o conteúdo dos documentos, mas indicou que os repasses ilegais já estão sendo rastreados.
O Departamento de Justiça deverá avaliar agora se há elementos suficientes para a abertura de investigações formais. Caso os indícios se confirmem, os responsáveis poderão ser processados por violação de sigilo e outros crimes federais.
A ação de Gabbard destaca uma tensão crescente entre setores do serviço público e o Executivo. A diretora foi categórica: “Esses comportamentos não serão mais tolerados.”
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