O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (foto), afirmou neste domingo, 27, que deseja que o ditador russo, Vladimir Putin, encerre a guerra na Ucrânia e chegue a um acordo de paz. A declaração foi feita um dia após Trump se reunir com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, no Vaticano, antes do funeral do papa Francisco.

“Zelensky parece mais calmo agora e quer fazer um acordo”, disse Trump, que classificou o encontro de sábado como “positivo”. O presidente americano afirmou ainda que os próximos dias serão decisivos para avaliar se houve progresso nas negociações.

Em publicação nas redes sociais, Zelensky afirmou que o encontro de sábado foi “muito simbólico” e “pode se tornar histórico” caso produza resultados concretos. O líder ucraniano reforçou seu objetivo de alcançar um “cessar-fogo total e incondicional”.

Trump questiona Putin

Após a reunião com Zelensky, Trump criticou a recente escalada de ataques russos contra áreas civis na Ucrânia. 

Em publicação na Truth Social, Trump disse que “não há razão” para a Rússia atacar regiões civis e sugeriu que novas sanções, inclusive “sanções bancárias”, podem ser impostas.

“Me faz pensar que, talvez, ele não queira parar a guerra, esteja apenas me enrolando, e isso tem de ser abordado de forma diferente”, escreveu. “Muitas pessoas estão morrendo!!!”

Na última quinta-feira, ataques russos com mísseis e drones atingiram diversos bairros de Kiev. Ao menos 12 pessoas morreram e mais de 60 ficaram feridas, segundo autoridades locais. Incêndios foram registrados em vários edifícios residenciais.

Rússia mantém ofensiva

Mesmo após a declaração de Trump, a Rússia manteve sua ofensiva. Neste domingo, 27, ataques aéreos em Kostiantynivka, na região de Donetsk, mataram três pessoas e feriram quatro, segundo a promotoria regional. 

Em Pavlohrad, na região de Dnipro, um ataque de drones deixou uma pessoa morta e uma adolescente de 14 anos ferida.

Em entrevista à emissora CBS, o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, defendeu os ataques recentes, e afirmou que alvos atingidos em Kiev, incluindo um prédio residencial, estariam ligados a operações militares ucranianas e apoio estrangeiro.