“Trump tem diante de si a opção Churchill”, diz historiador
O historiador britânico Andrew Roberts defende que só os EUA podem impedir o Irã de conquistar a bomba atômica

O historiador britânico Andrew Roberts publicou neste domingo, 16, no portal The Free Press, artigo intitulado “Trump tem diante de si a opção Churchill”, em que defende uma ação militar imediata dos Estados Unidos contra o programa nuclear iraniano.
Inspirado em decisões históricas de líderes como Winston Churchill, Roberts argumenta que o momento exige coragem e preempção para evitar uma catástrofe global.
“Há momentos em que um ato repentino de oportunismo implacável reajusta o mundo para um caminho mais seguro”, disse o historiador.
Para Roberts, a história oferece exemplos em que ações preventivas, como o ataque de Israel à usina de Osirak em 1981 ou a destruição da frota francesa em Orã por ordem de Churchill, foram cruciais para evitar ameaças existenciais.
“Apenas os Estados Unidos possuem as bombas de 13 toneladas capazes de destruir as ambições nucleares do Irã”, lembra. O autor afirma que os recentes ataques israelenses contra alvos do alto escalão iraniano são insuficientes sem a destruição da instalação nuclear de Fordow, enterrada a 90 metros de profundidade.
“Trump tem diante de si a opção Churchill”
Roberts apresenta o presidente americano como alguém que, se agir com determinação, poderá ser lembrado pela história como um líder que impediu o surgimento de um Irã nuclear. “A história pode registrar isso sobre Donald Trump, se ele agir com decisão.”
“O Plano de Ação Conjunto Global (JCPOA) de Obama falhou em impedir o sinistro e inexorável giro das centrífugas.” O texto acusa Barack Obama e Joe Biden de terem adotado políticas de apaziguamento, que apenas fortaleceram o regime iraniano ao suspender sanções e liberar bilhões de dólares em ativos congelados. Roberts chama o acordo nuclear de “doente e enganoso”.
“Devemos acreditar nas ameaças dos ditadores.” Roberts alerta que, assim como o Ocidente ignorou as declarações de Hitler, Stalin e Putin, hoje não deve subestimar os reiterados anúncios dos aiatolás iranianos de que pretendem destruir Israel com uma bomba nuclear.
“Trump nunca mereceria mais o Prêmio Nobel da Paz do que se destruísse a capacidade do Irã de fazer chantagem nuclear.” O autor argumenta que impedir o Irã de se tornar uma potência atômica é o único caminho realista para evitar uma guerra regional e global.
Ele afirma que, ao contrário do que desejam líderes europeus como Macron, “a melhor forma de reduzir tensões no Oriente Médio é desarmar o maior patrocinador do terror na região.”
No encerramento, Roberts questiona a disposição de Trump para agir, citando sua postura volúvel em outras áreas. Mas lança um aviso simbólico: “Se ele não o fizer, deveria remover do Salão Oval o busto de Churchill, pois não tem o direito de encarar o homem que alertou: ‘Este é apenas o começo da prestação de contas.’”
O artigo propõe que os Estados Unidos estão diante de uma escolha com peso histórico: agir ou assistir passivamente a consolidação do poder nuclear de um regime teocrático hostil.
Em meio ao crescimento da aliança entre Irã, China, Rússia e Coreia do Norte, Roberts sugere que o tempo para decidir é agora.
Quem é Andrew Roberts
Andrew Roberts é historiador britânico, especialista em história militar e biografias políticas.
Autor dos best-sellers Churchill: Walking with Destiny e Napoleon: A Life, já recebeu prêmios como o Los Angeles Times Book Prize e foi nomeado cavaleiro pela rainha Elizabeth II em 2022. É membro da Sociedade Real de Literatura e colunista do The Free Press.
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Comentários (1)
Eduardo Saviniano Brum Infantini
17.06.2025 11:18A Coreia do Norte é fruto de erro histórico dos EEUU.O grande General McArthur,governador militar do Japão e Cmt das forças da ONU na Guerra da Coréia, após derrotar coreanos e chineses, foi impedido pelo medroso,fraco, Harry S.Truman para prosseguir na destruição do inimigo,que continua chantageando o ocidente até os dias de hoje.Nixon e Kissinger tiraram a China do atraso,andando de bicicleta com o livrinho vermelho de Mao na mão,fazendo a sua revolução cultural, para transforma-la no que é hoje.Dar poder a tiranias resulta nisso.