Trump retira segurança de Fauci
Durante a pandemia, Fauci entrou em conflito com Trump por defender restrições e uso de máscaras, sendo criticado por aliados do republicano

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, determinou a retirada da segurança oficial do epidemiologista Anthony Fauci (foto), um dos principais nomes no combate à pandemia de Covid durante a gestão anterior do republicano e de Joe Biden.
A proteção fornecida pelo Instituto Nacional de Saúde (NIH) foi suspensa na última quinta-feira, 23. Diante de ameaças constantes, Fauci optou por contratar segurança privada, segundo a CNN.
“Quando se trabalha para o governo, a segurança desaparece em algum momento, não se pode tê-la para sempre”, afirmou Trump ao ser questionado sobre a medida.
Fauci ganhou notoriedade por seu papel como diretor do Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas por quatro décadas e como conselheiro de sete presidentes dos EUA.
Durante a pandemia, tornou-se figura central na força-tarefa da Casa Branca. No entanto, entrou em conflito com Trump por defender restrições e uso de máscaras, sendo criticado por aliados republicanos.
Bolton e Mike Pompeo
Trump também retirou a segurança de outras figuras, incluindo o ex-conselheiro de segurança nacional John Bolton e o ex-secretário de Estado Mike Pompeo.
Bolton, demitido por Trump em 2019, havia recebido segurança devido a ameaças do Irã. Em 2022, o Departamento de Justiça acusou um membro da Guarda Revolucionária iraniana de planejar assassiná-lo.
Pompeo e Brian Hook, seu principal conselheiro, também perderam proteção. Eles foram alvos do regime iraniano por seu papel na campanha de “pressão máxima” contra o país, após a retirada dos EUA do acordo nuclear em 2018.
O Irã também os responsabiliza pela morte do general Qassem Soleimani, em um ataque norte-americano em 2020.
Segundo relatórios de 2022, o Departamento de Estado gastava mais de US$ 2 milhões mensais para garantir a segurança de Pompeo e Hook.
Documentos recentes, no entanto, não especificam os custos atualizados.
Perdão a Fauci
Antes de deixar o cargo, Joe Biden concedeu um perdão preventivo a Fauci, protegendo-o de possíveis investigações conduzidas pela nova administração Trump.
O ex-presidente democrata justificou a medida como uma forma de evitar “abusos do sistema judicial” contra quem “serviu à nação com honra”.
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