Trump questiona isenção fiscal de Harvard
"O status de isenção fiscal depende totalmente de agir no interesse público", escreveu o presidente americano

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, questionou nesta terça-feira, 15, se a Universidade Harvard deveria perder seu status de isenção fiscal e ser taxada como uma entidade política.
“Talvez Harvard devesse perder seu status de isenção fiscal e ser taxada como uma entidade política se continuar promovendo a ‘doença’ inspirada em política, ideologia e terrorismo? Lembre-se, o status de isenção fiscal depende totalmente de agir no INTERESSE PÚBLICO!”, escreveu o presidente americano no Truth Social.
A declaração foi dada um dia após o governo dos EUA anunciar o congelamento de 2,3 bilhões de dólares em subsídios e contratos com a universidade.
No total, Harvard recebe 9 bilhões de dólares em fundos federais.
Desse total, 7 bilhões se destinam a onze hospitais em Boston e Cambridge.
Outros 2 bilhões de dólares vão para pesquisas em áreas como exploração espacial, câncer e doença de Alzheimer.
Controle da comunidade
Em carta aberta, o reitor de Harvard, Alan Garber, disse que as exigências feitas pelo Departamento de Educação dos Estados Unidos permitiriam ao governo federal “controlar a comunidade de Harvard” e ameaçar os “valores da escola como uma instituição privada dedicada à busca, produção e disseminação de conhecimento”.
“Nenhum governo — independentemente do partido no poder — deve ditar o que as universidades privadas podem ensinar, quem elas podem admitir e contratar, e quais áreas de estudo e pesquisa elas podem seguir”, escreveu Garber.
Oito presidentes
A Universidade Harvard recebe um valor maior que o de cerca de 100 países. Por lá já passaram oito presidentes americanos.
Entre eles estão John Adams, Theodore Roosevelt, Franklin Roosevelt, Jhon Kennedy, George W. Bush e Barack Obama.
Ao comprar uma briga com Harvard e outras universidades de elite, Trump quer mandar uma mensagem política para todos os americanos.
Contudo, a reação do reitor de Harvard pode encorajar reitores de outras universidades a também enfrentar as ordens do presidente que afetam a neutralidade das instituições de ensino.
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