Trump parece um velho assustador, mas é bom ouvinte, diz premiê japonês
Shigeru Ishiba elogia presidente dos Estados Unidos após encontro em Washington na última sexta-feira

O primeiro-ministro japonês, Shigeru Ishiba, elogiou o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, após encontro em Washington na última sexta-feira. Em entrevista à emissora NHK neste domingo, 9, Ishiba afirmou que Trump é “um bom ouvinte” e destacou a importância de manter um diálogo constante entre os dois países.
“Na televisão parece um velho assustador, mas quando o conheci pessoalmente e falei com ele, fiquei com a impressão de que é um bom ouvinte e é fácil falar com ele. Penso que somos compatíveis.”
Durante a reunião, os líderes discutiram a proposta de aquisição da siderúrgica americana U.S. Steel pela japonesa Nippon Steel. Ishiba indicou que há resistência nos EUA à compra e que um mecanismo está sendo explorado para que a U.S. Steel continue sob controle americano.
“Trump considera essencial que seja um investimento, e não apenas uma aquisição”, disse.
China e Coreia do Norte
Trump e Ishiba, como mostramos, reafirmaram o compromisso mútuo de cooperação estratégica na região da Ásia. Os líderes conversaram sobre o aumento da militarização chinesa no Mar da China Meridional e as relações estratégicas com a Coreia do Norte.
“Nos opomos fortemente às reivindicações marítimas ilegítimas da China e à militarização na região”, disse Trump em entrevista coletiva na sexta. O republicano também ressaltou o papel do Japão no equilíbrio de forças na Ásia e mencionou a preocupação de Washington com as ações de Pequim contra Taiwan.
Ishiba foi o segundo chefe de governo a visitar Trump desde a posse do republicano em 20 de janeiro. Dias antes, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, também esteve em Washington.
Espionagem chinesa em Cuba
A crescente atividade militar e de espionagem da China em Cuba tem gerado preocupação para os Estados Unidos, após relato da existência de escutas na ilha caribenha.
A ditadura de Xi Jinping firmou um acordo para a criação de um novo site espião, conhecido como SIGINT, para coletar informações de sinais, segundo revelou The Wall Street Journal em junho de 2023.
O Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais (CSIS) afirmou que a atividade de espionagem chinesa em Cuba pode ter começado em 1993, quando o general chinês Chi Hoatian visitou a capital Havana.
Segundo a organização, a proximidade de Cuba ao sul da Flórida representa uma localização estratégica para espionagem das atividades militares americanas.
“A costa sudeste dos Estados Unidos é pontilhada de bases militares, quartéis-generais de comando, estações de lançamento espacial e locais de teste”, diz trecho do relatório.
Pequim nega a presença do exército chinês na ilha de Cuba.
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