Trump: “EUA querem ajudar a China, não prejudicá-la”
Declaração é feita dias após presidente dos Estados Unidos anunciar novas tarifas de 100% sobre produtos chineses
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (foto), adotou neste domingo, 12, um tom mais conciliador em relação à China, dias após anunciar novas tarifas de 100% sobre produtos do país asiático.
“Não se preocupem com a China, tudo ficará bem! O respeitado presidente Xi acabou de passar por um momento difícil. Ele não quer uma depressão para seu país, e eu também não. Os EUA querem ajudar a China, não prejudicá-la!!!”, escreveu o republicano na rede Truth Social.
Na sexta-feira, Trump havia anunciado a imposição de tarifas adicionais de 100% sobre produtos chineses, em retaliação às restrições de exportação impostas por Pequim sobre minerais de terras raras e softwares estratégicos.
As medidas entram em vigor em 1º de novembro, e elevam os impostos médios sobre produtos chineses dos atuais 30% para 130%.
A escalada preocupou os mercados. As ações em Wall Street caíram na sexta-feira com operadores receosos sobre o possível reinício da guerra comercial entre Washington e Pequim.
China reage
Pequim reagiu às declarações de Trump, classificando a ameaça tarifária como um “exemplo típico de dupla moral”.
O Ministério do Comércio chinês acusou Washington de intensificar a pressão econômica desde setembro e afirmou que “ameaçar o tempo todo com tarifas altas não é a melhor abordagem para lidar com a China”.
Segundo porta-voz do ministério, o país “não quer uma guerra tarifária, mas não tem medo de uma”. O governo chinês indicou ainda que tomará “medidas correspondentes” para proteger seus interesses econômicos.
Minerais de terras raras são considerados estratégicos, sendo essenciais para a produção de smartphones, veículos elétricos, equipamentos militares e componentes de energias renováveis.
As tarifas chinesas retaliatórias atualmente são de 10%, muito abaixo do novo imposto proposto pelos EUA.
Trump também havia ameaçado cancelar uma reunião com Xi Jinping marcada para o final deste mês, o que contribuiu para aumentar a tensão entre os dois países.
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