A Rússia não tem planos de abrir mão do território que tomou na Ucrânia, disse seu ministro das Relações Exteriores.

Antes das negociações EUA-Rússia que devem começar na terça-feira, 18 de fevereiro, Sergei Lavrov disse que não poderia haver “nenhum pensamento” de Moscou doar terras para Kiev.

“Que tipo de concessões territoriais você quer — que abramos mão dos falantes de russo ou das terras raras?”, ele argumentou.

O Kremlin disse hoje que enviou Lavrov e um conselheiro de política externa à Arábia Saudita para conversas com autoridades dos EUA sobre o fim da guerra na Ucrânia e a preparação para uma cúpula pessoal entre Vladimir Putin e Donald Trump.

Marco Rubio, o Secretário de Estado dos EUA, chegou ao estado do Golfo na segunda-feira e deve se encontrar com a delegação da Rússia ao lado de Mike Waltz, o conselheiro de segurança nacional dos EUA, e Steve Witkoff, o enviado da Casa Branca para o Oriente Médio.

“Não é apenas sobre a Ucrânia”

Os aliados europeus da Ucrânia convocaram uma reunião de emergência em Paris, depois que Washington sinalizou que eles seriam excluídos das primeiras negociações de paz.

“Se a Europa quer continuar a guerra na Ucrânia, então por que eles seriam convidados para a mesa de negociações?”, acrescentou Lavrov, alegando que “a Europa já teve várias chances de se envolver em um acordo”.

Keir Starmer, prumeiro ministro do Reino Unido, disse que qualquer acordo de paz na Ucrânia deve impedir que Vladimir Putin lance outro ataque ao país no futuro e teria que ser “justo e duradouro”.

Ele disse que a “última coisa que quero ver é uma pausa na luta que simplesmente dê a Putin a chance de voltar, e é por isso que é muito importante que tenhamos essas discussões”.

O primeiro ministro do Reino Unido, porém, minimizou a tendência pró-Rússia de Donald Trump:

“Acho que o que os EUA querem alcançar é uma paz duradoura na Ucrânia que se alinha precisamente com o que queremos no Reino Unido, o que a Ucrânia quer e o que nossos aliados europeus querem”.

Ele acrescentou: “Isto não é apenas sobre a Ucrânia, é sobre a nossa própria segurança nacional, e é por isso que a minha mensagem será que todos temos de nos esforçar em toda a Europa.”