Rússia lança maior ataque com drones contra Ucrânia
Kiev permaneceu sob alerta aéreo por nove horas consecutivas, com múltiplas tentativas de interceptação pelos sistemas de defesa

A Rússia realizou no domingo, 18, o maior ataque com drones desde o início da guerra na Ucrânia, segundo autoridades ucranianas.
Ao todo, 273 drones foram lançados contra as regiões de Kiev, Dnipropetrovsk e Donetsk. Uma mulher de 28 anos morreu e pelo menos três pessoas ficaram feridas, incluindo uma criança de quatro anos.
O bombardeio ocorreu dois dias após a primeira reunião presencial entre Rússia e Ucrânia em mais de três anos. Realizado na Turquia, o encontro terminou sem acordo por cessar-fogo, mas com um acerto para a troca de mil prisioneiros.
O ataque de hoje foi interpretado por Kiev como um sinal de que Moscou não pretende encerrar o conflito.
“Para a Rússia, as negociações em Istambul são apenas um pretexto. Putin quer a guerra”, afirmou Andriy Yermak, chefe de gabinete do presidente Volodymyr Zelensky.
Segundo a Força Aérea da Ucrânia, 88 drones foram abatidos e outros 128 desviaram-se dos alvos sem causar danos. O restante teria atingido estruturas civis e residenciais.
A capital permaneceu sob alerta aéreo por nove horas consecutivas, com múltiplas tentativas de interceptação pelos sistemas de defesa.
O recorde anterior havia sido registrado em 23 de fevereiro, no terceiro aniversário da guerra, quando 267 drones foram lançados por Moscou.
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Conversas com Trump
No sábado, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou que conversará na segunda-feira, 19, com o ditador Vladimir Putin e o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, em uma tentativa de intermediar um cessar-fogo.
Em publicação na rede Truth Social, Trump afirmou que os temas das ligações incluirão o fim do que chamou de “banho de sangue”, com a morte semanal estimada de mais de 5 mil soldados russos e ucranianos, além de questões comerciais.
Ele também prometeu falar com líderes da Otan.
“Espero que seja um dia produtivo, que um cessar-fogo aconteça e que esta guerra tão violenta, uma guerra que nunca deveria ter começado, termine”, escreveu Trump.Leia também: Papa Leão XIV recebe Zelensky em audiência privada
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