Rússia comenta ameaça de sanções de Trump
O Kremlin não está impressionado com a ameaça do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de impor novas sanções contra a Rússia se ela não concordar em fechar um acordo de paz

O Kremlin não está impressionado com a ameaça do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de impor novas sanções contra a Rússia se ela não concordar em fechar um acordo de paz com a Ucrânia.
“Não vemos nenhum elemento novo em particular aqui”, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, à mídia russa na quinta-feira, 23 de janeiro.
Peskov acrescentou que Trump “gostava de sanções” e as usou frequentemente durante seu primeiro mandato presidencial.
“A Rússia está pronta para um diálogo igual e cuidadoso com os Estados Unidos, que tivemos durante o primeiro mandato de Trump”, disse Peskov, de acordo com o meio de comunicação independente russo Meduza. “Estamos esperando por sinais que ainda não foram recebidos.”
A postagem de Trump
Na quarta-feira, 22, Trump ameaçou impor mais sanções e tarifas à Rússia se o presidente Vladimir Putin não fizer um acordo para acabar com a guerra na Ucrânia.
“Acertem agora e PAREM com essa guerra ridícula! SÓ VAI PIORAR. Se não fizermos um ‘acordo’, e logo, não tenho outra escolha a não ser colocar altos níveis de impostos, tarifas e sanções em qualquer coisa que a Rússia venda aos Estados Unidos”, disse Trump em sua plataforma Truth Social.
“Podemos fazer isso do jeito fácil ou do jeito difícil — e o jeito fácil é sempre melhor”, acrescentou Trump.
A Europa vai mandar tropas para a Ucrânia?
Com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, prometendo uma resolução rápida para o conflito ucraniano — mesmo que isso implique em ceder territórios à Rússia —, os países europeus se veem na necessidade de definir sua posição, além do aumento nos gastos com defesa e no fornecimento de armamentos a Kiev.
Um dos modelos em debate é a formação de uma força de paz liderada pela Europa, destinada a monitorar qualquer possível cessar-fogo.
As discussões sobre a presença de forças pacificadoras europeias já estão em andamento, mas ainda não há consenso sobre como avançar com essas conversas.
Franz-Stefan Gady, ex-planejador militar austríaco, enfatiza a gravidade da situação: “Esta será a decisão mais crítica que os europeus terão que tomar em 2025”.
Na última semana, durante uma visita à capital ucraniana, o primeiro-ministro britânico Keir Starmer afirmou que seu país estaria pronto para assumir um “papel completo” em qualquer força pacificadora.
Por sua vez, o presidente francês Emmanuel Macron destacou a necessidade de os europeus “construírem garantias de segurança” para a Ucrânia.
O ministro das Relações Exteriores da Lituânia, Kęstutis Budrys, também não descartou a possibilidade do envio de tropas.
As negociações atuais concentram-se na formação de uma força de dissuasão composta por até 50 mil soldados oriundos de cinco ou seis países europeus.
Esta força teria como objetivo patrulhar uma linha demarcatória entre as forças ucranianas e russas no caso de um cessar-fogo, conforme revelado por dois diplomatas europeus.
Além disso, fontes do setor de segurança europeu informam que britânicos e franceses já iniciaram algumas planejamentos preliminares.
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Comentários (1)
ADONIS SINICIO JUNIOR
24.01.2025 03:11Os russos concluem e afirmam que o Trump é frouxo. Agora é com o Laranjão.