Um dia depois das acusações de interferência eleitoral feitas por Washington e rejeitadas por Moscou, Vladimir Putin garantiu, esta quinta-feira, 5 de setembro, “apoiar” a candidata democrata Kamala Harris, atual vice-presidente dos Estados Unidos, para as eleições presidenciais norte-americanas de novembro

O presidente dos EUA, Joe Biden, “recomendou aos seus eleitores que apoiassem a Sra. Harris, por isso iremos apoiá-la também”, ironizou o líder russo num fórum econômico em Vladivostok. “Em segundo lugar, ela tem uma risada tão expressiva e contagiante que mostra que ela está bem”, acrescentou Putin, com sarcasmo.

O ditador russo estimou que o candidato republicano Donald Trump impôs “mais sanções à Rússia do que qualquer presidente” antes dele. Kamala Harris “talvez evite fazer esse tipo de coisa”, disse.

Sanções contra a RT

Na quarta-feira, 4 de setembro, as autoridades americanas tomaram uma série de medidas, incluindo sanções e processos contra funcionários do meio de comunicação russo RT, respondendo, segundo elas, às tentativas de interferência nas eleições de novembro de 2024.

Nesta quinta-feira, 5, a porta-voz da diplomacia russa, Maria Zakharova, comentou as medidas tomadas contra os responsáveis da RT numa entrevista à agência de notícias estatal Ria Novosti, e garantiu que Moscou estava “obviamente” preparando uma resposta capaz de “fazer estremecer toda a gente”

As autoridades americanas não especificaram qual o campo, Democrata ou Republicano, que teria se beneficiado destas supostas interferências nas eleições.

O ministro da Justiça norte-americano, Merrick Garland, limitou-se a afirmar que, segundo a análise dos serviços de inteligência, “as preferências da Rússia não mudaram em relação às últimas eleições.”

Antes de Joe Biden se retirar da corrida à Casa Branca a favor de Kamala Harris, Vladimir Putin disse que preferia o atual inquilino da Sala Oval a Donald Trump.

O ex-presidente americano, porém, é acusado pelos seus adversários de ser um admirador de Vladimir Putin.

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