Rebeldes sírios derrubam regime de Assad e conquistam Damasco
Ditador deixou a cidade rumo a destino desconhecido, enquanto forças opositoras entraram na capital sem enfrentar resistência
Rebeldes sírios anunciaram neste domingo, 8 de dezembro, a fuga de Bashar al-Assad de Damasco, após uma ofensiva relâmpago que culminou na tomada da capital da Síria.
Fontes militares citadas pela Reuters confirmaram que o ditador deixou a cidade em direção a um destino desconhecido, enquanto forças opositoras entraram na capital sem enfrentar resistência.
Multidões celebraram nas ruas da cidade, com gritos de “Liberdade” e tiros de comemoração. Imagens que circulam nas redes sociais mostram estátuas de Hafez al-Assad, pai de Bashar e responsável pelo início do regime familiar há cinco décadas, sendo derrubadas e pisoteadas.
Na TV estatal, rebeldes anunciaram “a queda do tirano Bashar Assad” e declararam a libertação de prisioneiros. O grupo também pediu à população para proteger a propriedade pública e evitar revanchismos.
O primeiro-ministro sírio, Mohammad Ghazi al-Jalali, afirmou que está disposto a colaborar com a transição, mas que não teve contato com Assad desde a madrugada de sábado, 7.
A ofensiva, liderada pelo grupo jihadista Hayet Tahrir al-Sham (HTS), avançou rapidamente desde o início de dezembro, conquistando cidades estratégicas como Homs e subúrbios de Damasco. Esse é o maior revés militar sofrido pelo regime sírio desde o início da guerra civil em 2011, que já causou mais de 500 mil mortes.
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Reações internacionais
O enviado especial da ONU para a Síria, Geir Pedersen, pediu negociações urgentes para garantir uma transição política ordenada, em conformidade com a Resolução 2254 da ONU, que prevê a formação de um governo transitório e eleições supervisionadas.
Os Estados Unidos, sob a administração do governo Joe Biden, afirmaram estar monitorando a situação de perto. Enquanto isso, o presidente eleito Donald Trump reafirmou que o país não deve se envolver diretamente no conflito.
Rússia e Irã, principais aliados de Assad, ainda não se pronunciaram oficialmente sobre a fuga do líder sírio.
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