“Próximo prêmio será a liberdade da Venezuela”, diz María Corina
Em vídeo, líder opositora dedica Nobel “àqueles que nunca desistem” e “escolhem a liberdade como caminho para a paz”
A líder da oposição venezuelana, María Corina Machado (foto), afirmou neste domingo, 12, que o “próximo prêmio será a liberdade” da Venezuela. A declaração foi feita dois dias após ela receber o Prêmio Nobel da Paz.
Em vídeo publicado nas redes sociais, María Corina dedicou o prêmio “àqueles que nunca desistem” e “escolhem a liberdade como caminho para a paz, quando tudo os empurra para o ódio”.
Ela também homenageou os que “resistem sem ódio, que suportam a fome, o medo e o silêncio, mas nunca deixam de acreditar”.
A líder opositora afirmou ainda que a maior homenagem possível a Alfred Nobel será concretizar a “transição para a democracia” no país.
O anúncio do Nobel reforçou o papel de María Corina como principal voz contra o regime de Nicolás Maduro. A líder opositora vem promovendo campanhas dentro e fora do país em defesa dos presos políticos, tema que tem mobilizado parte da sociedade civil e da Igreja Católica venezuelana.
Nos últimos dias, ela também convocou uma “oração mundial pela liberdade” dos detidos pelo regime, iniciativa que coincide com as celebrações de canonização de José Gregorio Hernández e Carmen Rendiles, marcada para 19 de outubro.
“Diante da próxima canonização de nossos queridos santos, José Gregorio e a madre Carmen, vamos pedir juntos que esta cerimônia tão especial se celebre sem presos políticos”, afirmou.
A campanha, promovida pelo Comitê pela Liberdade dos Presos Políticos (Clipp), contou com o apoio de organizações religiosas, civis e de direitos humanos.
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Nobel da Paz
O Comitê Norueguês do Nobel decidiu conceder o Prêmio Nobel da Paz de 2025 a líder da oposição venezuelana Maria Corina Machado.
Ela recebeu o prêmio por “seu trabalho incansável promovendo os direitos democráticos do povo da Venezuela e por sua luta para alcançar uma transição justa e pacífica da ditadura para a democracia”.
“Como líder do movimento pela democracia na Venezuela, Maria Corina Machado é um dos exemplos mais extraordinários de coragem civil na América Latina nos últimos tempos”, acrescentou o comitê.
“A Sra. Machado tem sido uma figura-chave e unificadora em uma oposição política que antes era profundamente dividida – uma oposição que encontrou um ponto em comum na reivindicação por eleições livres e um governo representativo. É precisamente isso que está no cerne da democracia: nossa disposição compartilhada de defender os princípios do governo popular, mesmo discordando. Em um momento em que a democracia está ameaçada, é mais importante do que nunca defender esse ponto em comum”, continuou.
Segundo o comitê, Maria Corina Machado demonstrou que “as ferramentas da democracia também são ferramentas da paz”.
“Ela personifica a esperança de um futuro diferente, onde os direitos fundamentais dos cidadãos sejam protegidos e suas vozes sejam ouvidas. Nesse futuro, as pessoas finalmente serão livres para viver em paz”, finalizou.
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Comentários (2)
Eliane ☆
12.10.2025 18:24Espero que esse ditador Maduro tenha o que merece.
Clayton De Souza pontes
12.10.2025 16:38Está certa a Corina. A política é o melhor jeito de se ter alternância de poder sem enfrentamento sangrento. Espero que passe a ter maior força dentro da própria Venezuela e derrube essa ditadura