Príncipe Andrew abre mão de título real
Anúncio foi feito após anos de críticas relacionadas a escândalos e conexão com Jeffrey Epstein
O príncipe Andrew (foto), irmão mais novo do rei Charles III do Reino Unido, anunciou nesta sexta-feira, 17, que abrirá mão do uso do título de duque de York. A decisão ocorre após anos de críticas relacionadas a escândalos e conexão com Jeffrey Epstein.
Andrew, de 65 anos e oitavo na linha de sucessão ao trono britânico, já havia se afastado da vida pública em 2019. Ele também deixou todas as funções reais e, em 2022, teve vínculos militares e patrocínios retirados devido a alegações de conduta sexual imprópria, que sempre negou.
Em comunicado divulgado pelo Palácio de Buckingham, Andrew afirmou:
“Decidi, como sempre fiz, colocar meu dever para com minha família e meu país em primeiro lugar. Mantenho minha decisão de cinco anos atrás de me afastar da vida pública.”
O príncipe disse ainda que “com o acordo de Sua Majestade, sentimos que devo agora ir um passo além. Portanto, não usarei mais meu título ou as honrarias que me foram conferidas. Como já disse anteriormente, nego veementemente as acusações contra mim.”
Andrew também abrirá mão de honrarias como Cavaleiro Grã-Cruz da Ordem Real Vitoriana e Cavaleiro Real Companheiro da Mais Nobre Ordem da Jarreteira. Seu único título restante será o de príncipe, que não pode ser retirado por ter nascido filho de uma rainha.
Tecnicamente, ele manterá o ducado, que só pode ser removido por ato do Parlamento, mas não fará uso do título. A decisão foi tomada em consulta com o rei Charles e outros membros seniores da família real, incluindo o príncipe de Gales.
A ex-esposa de Andrew, Sarah, duquesa de York, também deixará de usar seu título e será conhecida apenas como Sarah Ferguson. Os títulos das filhas do casal, Princesa Beatrice e Princesa Eugenie, permanecerão inalterados.
Jeffrey Epstein
As alegações contra Andrew incluem sua proximidade com Jeffrey Epstein e a acusação de abuso sexual feita por Virginia Giuffre, que morreu por suicídio em abril, aos 41 anos.
Em suas memórias póstumas, Giuffre afirmou que o príncipe “acreditava que ter relações sexuais comigo era seu direito de nascimento”. Andrew sempre negou as acusações e resolveu um processo civil com Giuffre por um valor estimado em 12 milhões de libras, sem admitir responsabilidade.
No livro, Giuffre descreve encontros com Andrew em Londres, relatando momentos que duraram menos de meia hora e incluindo supostos pagamentos feitos por Epstein.
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Comentários (1)
Annie
18.10.2025 11:19Vai entender como uma pessoa bem nascida se envolve em tais crimes.