Presidente israelense fala com Musk sobre reféns do Hamas
A iniciativa surgiu a pedido das famílias dos reféns e faz parte dos esforços abrangentes de Herzog para buscar apoio para as negociações
O Presidente de Israel, Isaac Herzog, manteve recentemente uma conversa com Elon Musk, buscando envolver o magnata nas negociações para a libertação de reféns israelenses, mantidos em cativeiro pelo grupo terrorista Hamas.
A iniciativa surgiu a pedido das famílias dos reféns e faz parte dos esforços abrangentes de Herzog para pressionar todas as partes envolvidas na questão. Atualmente, cerca de 100 reféns ainda estão sob custódia dos terroristas, sendo que mais de um terço são dados como mortos.
O contato com Musk, que não possui papel oficial relacionado ao Oriente Médio no governo em transição de Donald Trump, evidencia tanto a influência do empresário no período quanto as medidas desesperadas das famílias para dar urgência à situação.
Pressão de Trump
Trump manifestou recentemente em sua rede social que, caso os reféns não sejam libertados até sua posse em 20 de janeiro, haverá severas consequências no Oriente Médio.
Desde sua vitória nas eleições, Trump já manteve diálogos frequentes com o Primeiro-Ministro Benjamin Netanyahu e também com Herzog.
Em uma conversa anterior, em 11 de novembro, Herzog destacou a importância de garantir o retorno seguro dos reféns israelenses. A recente interação com Musk foi descrita como tendo uma natureza geral, visando manter a questão em destaque.
Musk é visto como figura central de uma das mais importantes plataformas de mídia social, impactando a conscientização e narrativa do público. Musk não se pronunciou sobre o assunto até o momento.
Os reféns do Hamas
Hamas capturou 250 pessoas durante o ataque de 7 de outubro de 2023 a Israel, evento que resultou no cruel massacre de 1.200 indivíduos.
Embora algumas trocas temporárias de prisioneiros tenham ocorrido em novembro daquele ano, muitas tentativas de negociação indireta falharam.
Sete dos reféns restantes possuem também nacionalidade americana; contudo, cinco deles são considerados mortos.
Culpa de quem?
Trump culpou o presidente Joe Biden por não garantir a libertação dos reféns e está apostando em novas negociações para alcançar esse objetivo.
As negociações enfrentam impasses devido à exigência do Hamas de que a liberação dos reféns ocorra junto ao encerramento das ações militares israelenses em Gaza.
Netanyahu resistiu a essa condição, resultando em protestos nas ruas de Israel enquanto mais reféns perdem a vida devido a bombardeios ou execuções pelo Hamas.
Novas tentativas
Recentemente, houve uma nova tentativa de avanço: Ronen Bar, chefe do Shin Bet, transmitiu à inteligência egípcia que Israel aceitaria um cessar-fogo de 60 dias pela liberação de mulheres reféns, feridos e idosos.
A mídia hebraica informou que Israel consideraria libertar prisioneiros palestinos condenados por matar cidadãos israelenses.
Tanto negociadores israelenses quanto americanos esperam que a morte do líder do Hamas Yahyeh Sinwar e a pressão militar contínua sobre o grupo forcem-no a suavizar suas exigências.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)