Presidente da África do Sul chama de “covardes” os brancos que deixaram a África do Sul
Grupo recebeu refúgio nos Estados Unidos após denunciar perseguição; governo sul-africano nega, mas organizações relatam violência sistemática

O presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, chamou de “covardes” os afrikaners que migraram recentemente para os Estados Unidos.
A declaração foi feita na segunda-feira, durante evento público na província de Free State, após a chegada de um grupo de 59 sul-africanos ao aeroporto internacional de Dulles, na Virgínia, onde foram recebidos com status de refugiado.
“Não fugimos dos nossos problemas. Quem foge é covarde”, disse Ramaphosa. “Aposto que eles voltarão. Não há país como a África do Sul.”
O governo dos Estados Unidos justificou a concessão do refúgio com base em relatos de perseguição e ataques direcionados.
Segundo o presidente Donald Trump, os afrikaners estão sendo “assassinados por causa da sua etnia” e enfrentam um “genocídio” no país. Ele afirmou que pretende discutir o tema com o governo sul-africano nos próximos dias.
O governo da África do Sul contesta essas alegações e afirma que não há política estatal de perseguição a minorias brancas.
Em conversa telefônica com Trump, Ramaphosa disse que “as informações repassadas por grupos contrários à transformação não correspondem à realidade”.
O presidente também afirmou que nenhuma propriedade foi expropriada com base na nova legislação sobre desapropriação de terras.
Organizações civis e entidades internacionais alertam há décadas para o padrão de violência direcionada contra afrikaners em áreas rurais.
Os ataques a fazendas, conhecidos como farm attacks, envolvem tortura, assassinatos e invasões violentas que, segundo grupos como AfriForum e Genocide Watch, muitas vezes ultrapassam o dano patrimonial e apresentam características reais de motivação racial.
Entre os métodos documentados, há uso de furadeiras elétricas, queimaduras com água fervente e agressões sexuais.
A retórica política também contribui para o clima de insegurança.
Músicas como “Kill the Boer” e discursos de figuras públicas defendendo a expropriação de terras sem compensação foram citados por entidades internacionais como sinais de risco.
Apesar das negativas do governo sul-africano, o tema atrai atenção crescente de observadores internacionais.
Enquanto isso, parte da comunidade afrikaner reforça redes de segurança privada e investe em enclaves isolados, como a comunidade de Orania, no Cabo do Norte.
A violência contra os afrikaners segue sendo uma realidade documentada.
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Comentários (1)
GERALDO CARVALHO
14.05.2025 16:20A Africa do Sul, depois que os negros tomaram o poder em 1987, começaram uma campanha legal e política contra os brancos, assassinatos, crimes, invasões e dificuldades em empreender e trabalhar, tornaram os brancos inferiores. Há um claro racismo reverso em curso. A Africa do Sul vai repetir a Rodésia, expulsar os brancos e ver sua economia colapsar.