Pânico nas ilhas gregas e evacuação em massa
Um novo tremor de terra foi registrado na manhã de terça-feira, às 4 de janeiro, entre as ilhas gregas de Santorini e Amorgos

Um novo tremor de terra foi registrado na manhã de terça-feira, às 4 de janeiro, entre as ilhas gregas de Santorini e Amorgos, apresentando uma magnitude de 4,9 na escala Richter.
O epicentro do abalo sísmico localizou-se a 21 quilômetros da costa de Amorgos, conforme informações do Instituto Geodinâmico de Atenas.
Este é o maior evento sísmico registrado na região nos últimos três dias, que já contabiliza cerca de 550 tremores com intensidades variando entre 3 e 4,9.
Nos últimos dias, a atividade sísmica tem sido intensa nas proximidades das ilhas vulcânicas. Vários dos tremores ocorreram a apenas dois quilômetros abaixo da superfície terrestre.
Escolas fechadas
Como medida preventiva, as escolas de Santorini e Anafi permanecerão fechadas até, pelo menos, sexta-feira desta semana.
Estabelecimentos hoteleiros começaram a esvaziar suas piscinas para reduzir o peso sobre as estruturas, tornando-as menos suscetíveis a danos.
Especialistas em sismologia expressam preocupação com a possibilidade de um grande terremoto se aproximando, além da eventualidade de erupções vulcânicas e tsunamis.
Reunião emergencial
A resposta do governo grego incluiu uma reunião emergencial na manhã de terça-feira para discutir os recentes eventos sísmicos e vulcânicos registrados na região da caldeira, um depressão vulcânica formada há cerca de 3.600 anos.
A caldeira é famosa por suas casas brancas que atraem turistas. Imagens recentes mostram deslizamentos de rochas na encosta íngreme de Santorini, levantando nuvens de poeira. As autoridades pediram aos residentes que evitem áreas propensas a deslizamentos, como Ammoudi e Armeni.
Santorini possui aproximadamente 16 mil habitantes, muitos dos quais estão acostumados a tremores frequentes. No entanto, a quantidade elevada de sismos em tão pouco tempo é considerada atípica.
Evacuação
De acordo com relatos da mídia local, cerca de 9 mil pessoas deixaram a ilha em busca de segurança em Atenas ou em outras ilhas.
A companhia aérea Aegean Airlines aumentou suas operações com voos extras para transportar residentes e turistas para locais seguros.
As unidades de proteção civil foram enviadas à região e o exército também está se preparando para possíveis intervenções. A empresa estatal de eletricidade instalou geradores na ilha para garantir o fornecimento energético em caso de necessidade.
Amorgos também recebeu reforços com novos caminhões de bombeiros e ambulâncias, embora sua população seja menor comparada à de Santorini.
Os residentes expressam temor principalmente em relação à possibilidade de um tsunami, dado que as construções locais são predominantemente feitas de pedra sólida.
Causas dos abalos sísmicos
Os especialistas ainda tentam compreender as causas dessa sequência sísmica incomum. A professora Evi Nomikou declarou que nunca houve um fenômeno semelhante com tantos tremores em tão curto espaço de tempo.
Há receios quanto à possibilidade de um tremor principal com magnitude superior a 6 ocorrer nos próximos dias, o que poderia ativar o vulcão submarino Kolumbo.
Embora o chefe da Autoridade de Proteção contra Terremotos, Efthymios Lekkas, tenha minimizado as chances de um desastre iminente, afirmando que espera um alívio da energia sísmica acumulada em um tremor moderado.
No entanto, Akis Tselentis, professor de sismologia em Atenas, alertou sobre os riscos associados à situação atual. Ele observou que a atividade sísmica não está diminuindo; pelo contrário, parece estar aumentando.
Tselentis destacou que a ausência do tremor principal pode resultar em um evento mais severo no futuro próximo e mencionou preocupações sobre os impactos potenciais no turismo da ilha devido à vulnerabilidade estrutural das construções locais.
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