O ex-integrante de um grupo de oposição à ditadura de Cuba, Manuel de Jesús Guillén, morreu nesta segunda-feira, 2, em uma prisão no Combinado Del Este, segundo a ONG Justicia 11J.

Manuel de Jesús cumpria condenação de 6 anos de prisão por participar de protestos de 11 de julho de 2021 contra o regime cubano.

Ele é o terceiro preso político morto em Havana, capital de Cuba, em decorrência das detenções ilegais nas manifestações.

Em nota, a Justicia 11J afirmou que a mãe de Manuel de Jesús contou que ele foi morto em “em decorrência de um golpe que recebeu de guardas da prisão e que “outras fontes informaram que o golpe teria ocorrido ao ser capturado depois que Manuel tentou escapar da prisão.“

A ONG informou ainda sobre uma série de violações de direitos humanos sofridas por ele na prisão:

“No mês de abril, o Centro de Documentação de Prisões Cubanas soube através de uma mensagem direta que Manuel de Jesus foi encontrado preso junto a outros detentos comunitários com delitos violentos.

Ele foi afetado pelas pragas de chinches, ratos e má alimentação. Os carcereiros negaram assistência médica e medicamentos para a escabiose e problemas de pele que enfrentava. Estava extremamente magros.“

Já a ONG Cubalex, sediada em Miami, relatou a morte de Manuel de Jesús como “uso excessivo da força” por agentes da ditadura cubana.

Segundo a organização, outras fontes relataram que houve um espancamento dentro de uma cela de castigo, ao ser capturado após tentativa de fuga.

Dados oficiais apontam que 500 manifestantes foram condenados a penas de até 25 anos por participarem do protesto de 11 de julho de 2021.

A ditadura de Cuba, por outro lado, nega as acusações e chama os presos de “mercenários” dos Estados Unidos.

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