O relato de Keith Siegel, que passou 484 dias sequestrado pelo Hamas
Americano-israelense relata tortura, abuso e maus-tratos como refém em Gaza

“Pensei na morte muitas vezes naquele túnel”, disse ao The New York Times o refém israelense Keith Siegel, depois de passar 484 dias sob as condições horríveis impostas pelo grupo terrorista Hamas em Gaza.
Keith Siegel, de 65 anos, foi libertado pelo Hamas em 1º de fevereiro de 2025, após 484 dias de cativeiro na Faixa de Gaza. Ele e sua esposa, Aviva Siegel, foram sequestrados em 7 de outubro de 2023 no kibutz Kfar Aza, durante um ataque do grupo palestino. Aviva foi libertada em novembro de 2023, mas o marido continuaria preso até fevereiro de 2025.
Durante o cativeiro, Siegel enfrentou condições extremamente adversas. Desnutrição severa, privação de luz solar, confinamento em espaços minúsculos, ameaças constantes e abuso físico e psicológico: “As condições era insuportáveis”.
Uma refém é torturada depois de “julgamento” medieval
Em um dos momentos mais impressionantes do relato, Siegel conta que foi obrigado a assistir o “julgamento” e a consequente tortura de uma mulher que havia sido sequestrada com ele e mais 250 pessoas.
Amarrada, a mulher foi espancada com “ferramentas primitivas”, enquanto recebia ordens para que “confessasse” fosse o que fosse. A Keith Siegel, diziam para que avisasse à mulher que as torturas continuariam, a não ser que contasse a “verdade”: “Eu sentia que estava em uma situação onde queria ajudar esta mulher e tirá-la desta situação horrível, horripilante em que ela estava, em que nós estávamos, e simplesmente me senti impotente”.
Campanha pela libertação dos reféns em Gaza
A partir de sua libertação e do reencontro com a família, Keith Siegel passou a se dedicar a uma campanha humanitária pela libertação dos reféns do Hamas, em Gaza, pressionando autoridades internacionais, e pelo fim da guerra: “Isso me ocupa, minha mente, todos os dias de manhã à noite e durante a noite quando acordo muitas vezes”.
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