O apoio japonês a Trump contra China e Coreia do Norte
Primeiro-ministro Ishiba visitou o republicano na Casa Branca e os dois países reforçaram a aliança militar na Ásia

Em entrevista coletiva, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o primeiro-ministro do Japão, Shigeru Ishiba, reafirmaram o compromisso mútuo de cooperação estratégica na região da Ásia nesta sexta-feira, 7.
Trump e Ishiba conversaram sobre o aumento da militarização chinesa no Mar da China Meridional e as relações estratégicas com a Coreia do Norte.
“O primeiro-ministro Ishiba e eu reafirmamos nossa forte oposição às reivindicações marítimas ilegítimas da República Popular da China e à militarização na região”, afirmou Trump.
Segundo o republicano, o Japão é um parceiro fundamental para conter a influência dos norte-coreanos e chineses na região. O secretário de Estado, Marco Rubio, já demonstrou preocupação sobre “ações coercitivas” da China contra Taiwan.
Em audiência de confirmação no senado americano, Rubio disse que a China é a grande ameaça dos Estados Unidos.
Trump comentou sobre a Coreia do Norte e reafirmou a posição de manter canais diplomáticos abertos com o ditador Kim Jong Un, com quem disse ter tido uma relação considerada “boa” durante seu primeiro mandato.
Os dois países firmaram ainda um acordo para os EUA fornecerem gás natural liquefeito (GNL) ao Japão, se tornando o principal fornecedor de energia para os japoneses.
Ishiba foi o segundo chefe de governo a visitar Donald Trump, após a sua posse em 20 de janeiro. Nesta semana, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, esteve em Washington para conversar com o republicano e secretários americanos.
Espionagem em Cuba
A crescente atividade militar e de espionagem da China em Cuba tem gerado preocupação para os Estados Unidos, após relato da existência de escutas na ilha caribenha.
A ditadura de Xi Jinping firmou um acordo para a criação de um novo site espião, conhecido como SIGINT, para coletar informações de sinais, segundo revelou The Wall Street Journal em junho de 2023.
O Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais (CSIS) afirmou que atividade de espionagem chinesa em Cuba pode ter começado em 1993, quando o general chinês Chi Hoatian visitou a capital Havana.
Segundo a organização, a proximidade de Cuba ao sul da Flórida representa uma localização estratégica para espionagem das atividades militares americanas.
“A costa sudeste dos Estados Unidos é pontilhada de bases militares, quartéis-generais de comando, estações de lançamento espacial e locais de teste”, diz trecho do relatório.
Pequim nega a presença do exército chinês na ilha de Cuba.
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Comentários (1)
Denise Pereira da Silva
07.02.2025 23:37Go, Trump!