Nova lei do aborto na Noruega gera reação da Igreja Católica
A iniciativa foi uma resposta à aprovação de mudanças significativas nas leis de aborto do país, que agora permitem abortos seletivos por sexo e procedimentos de "redução de gêmeos"
A paróquia de Nossa Senhora, localizada em Ålesund, na Noruega, promoveu neste domingo, 9, um dia de oração pelos nascituros.
A iniciativa foi uma resposta à aprovação de mudanças significativas nas leis de aborto do país, que agora permitem abortos seletivos por sexo e procedimentos de “redução de gêmeos”.
O limite legal para abortos foi estendido de 12 para 18 semanas de gestação, com possibilidade de exceções após esse período mediante aprovação de um conselho médico.
As alterações, votadas pelo parlamento em 3 de dezembro, suscitaram intensos debates na sociedade norueguesa e dentro da Igreja. Líderes religiosos expressaram preocupações éticas e morais diante do que consideram um enfraquecimento da proteção à vida.
O padre Dariusz Buras, vigário da paróquia, afirmou que o evento se inspirou no legado de figuras como santa Teresa de Calcutá e santa Gianna Beretta Molla, conhecidas defensoras da vida.
Durante seu discurso ao receber o prêmio Nobel da Paz em Oslo, em 1979, Teresa de Calcutá destacou que “o nascituro é um dos seres humanos mais vulneráveis do nosso tempo”. Ela alertou que o aborto compromete a paz: “Se uma mãe pode matar seu próprio filho no útero, o que impede você e eu de matar um ao outro?”.
Santa Gianna Molla, por sua vez, é lembrada por sua decisão de priorizar a vida do filho em detrimento da própria, enfrentando um câncer durante a gravidez. Canonizada pelo papa João Paulo II em 2004, sua história é um exemplo de amor incondicional à vida.
A celebração em Ålesund, marcada por orações e reflexões, foi um lembrete do chamado cristão para proteger os mais vulneráveis. A diocese espera que ações como esta despertem maior conscientização sobre as implicações das novas leis e promovam alternativas como a adoção e o apoio social às gestantes.
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