Netanyahu sobre plano de Trump: “Vale a pena ouvir atentamente”
Primeiro-ministro israelense afirmou se tratar da "primeira ideia original em anos" para Gaza

O primeiro ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou que o plano do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para ocupar a Faixa de Gaza deve ser ouvido “atentamente”
“Como você sabe, anteontem tive um encontro histórico com o presidente Trump, que foi um momento decisivo para o futuro de Israel. Na conversa, ele também trouxe a ideia dele sobre Gaza, para o dia seguinte após o Hamas, e acho que é importante ouvir atentamente essa ideia, que é a primeira ideia original a ser criada em anos.”
Netanyahu disse ter se reunido com líderes do alto escalão do governo Trump para conversar sobre o futuro da região.
“Eu também conversei com o altos funcionários, com o vice-presidente [JD Vance], com o Conselheiro de Segurança Nacional [Mike Waltz], com o secretário de Defesa, [Pete] Hegseth, no Pentágono, com todos esses grandes amigos do Estado de Israel.”
Segundo o primeiro-ministro, os líderes do Partido Republicano e do Partido Democrata, na Câmara dos Representantes e no Senado, concordaram que o Irã não deve ter arma nuclear.
“De lá, eu fui para o Congresso onde me encontrei com líderes da Câmara dos Representante e do Senado, Republicanos e Democratas, e todos eles concordaram comigo em uma coisa: um, o Irã não pode ter armas nucleares; dois, o Hamas não pode estar em Gaza.
Eu devo dizer a você, eles todos expressaram grande gratidão pelos maiores objetivos alcançados por Israel. Eu disse que nós estamos mudando a cara do Oriente Médio.”
Trump compartilhou detalhes do seu plano de controle e de retirada de palestinos da Faixa de Gaza nesta quinta, 6.
Em postagem na sua rede social Truth Social, o republicano afirmou que o governo israelense entregaria Gaza aos EUA após o fim da guerra com o Hamas.
Segundo Trump, o exército americano não seria enviado para o território palestino e “reinaria a estabilidade” na região.
Os principais pontos da fala de Trump:
Foi durante coletiva com Netanyahu, Trump revelou pela primeira vez a intenção dos EUA de assumirem o controle da Faixa de Gaza nesta semana.
O plano de Trump foi amplamente rejeitado por países de todo o mundo, dentre os quais aqueles que o republicano afirmou que receberiam os refugiados palestinos.
Eis os principais trechos da declaração do republicano:
1.
“Eu acredito que a Faixa de Gaza tem sido um símbolo de morte e destruição por muitas décadas… O que tem sido tão ruim para o povo que vive lá e por perto, especialmente para os que vivem lá. E, francamente, eles têm sido muito azarados. Aquele tem sido um lugar sem sorte por muito tempo. Estar na presença disso não tem sido bom.
Eles não deveriam passar por um processo de reconstrução e ocupação pelas mesmas pessoas que estiveram lá e lutaram e viveram lá e morreram lá e viveram uma existência miserável lá. Em vez disso, eles deveriam ir para outros países de interesse, com corações humanitários. E há muitos deles que querem fazer isso.
Então vamos reconstruir várias estruturas que serão ocupadas pelos 1,8 milhão de palestinos que vivem em Gaza. Acabando com a morte, a destruição e, francamente, com a má sorte. Isso poderá ser custeado pelos países vizinhos que são muito ricos.
Pode ser 1, 2, 3, 4, 5, 7, 8, 12 alojamentos. Podem ser vários lugares ou um lugar muito grande, mas as pessoas poderão viver em conforto e paz.”
2.
“Os EUA assumirão a Faixa de Gaza e faremos um trabalho lá também. Seremos responsáveis pelo desmonte de todas as armas perigosas, bombas não detonadas e outras armas no local. Nivelar o terreno, eliminar os edifícios destruídos, criar um desenvolvimento econômico que forneça números ilimitados de empregos e moradias para a população local.”
3.
“Temos uma oportunidade de fazer algo que pode ser fenomenal. E eu não quero ser fofo, não quero bancar uma de esperto, mas a Riviera do Oriente Médio, isso pode ser algo que pode ser tão — isso pode ser tão magnífico.”
4.
“Será maravilhoso para o povo. Palestinos, palestinos principalmente, estamos falando sobre isso. E tenho a sensação de que, apesar de eles dizerem não, tenho a sensação de que o rei na Jordânia e que o presidente geral Sisi… o general no Egito… abrirão seus corações e nos darão o tipo de terra que precisamos para fazer isso, e as pessoas podem viver em harmonia e em paz.”
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