“Netanyahu está cumprindo sua missão histórica”
Trio europeu defende que ofensiva israelense ao Irã recoloca EUA à frente na “Guerra Fria II” e confirma promessa de Netanyahu

O historiador britânico Niall Ferguson, o analista austríaco Harry Halem e o pesquisador holandês Marcus Hendriks publicaram o artigo “O ataque de Israel restaura a credibilidade do Ocidente” no portal The Free Press.
Eles descrevem a Operação Leão Ascendente como divisor geopolítico que, segundo eles, “restaura a credibilidade do Ocidente”.
Os autores defenderam que Benjamin Netanyahu lançou uma ofensiva “histórica”, envolvendo mais de duzentos caças e ações sigilosas do serviço de inteligência para, como escrevem, “decapitar a Guarda Revolucionária iraniana”.
Ao lembrar que Netanyahu prometera evitar um segundo Holocausto, os três afirmam: “Netanyahu está cumprindo sua missão histórica.”
O ataque, argumentam, era inevitável depois de Teerã anunciar novas centrífugas IR-6, tipo de equipamento avançado capaz de produzir urânio em grau militar em poucas semanas.
Ampliando o foco, eles dizem que “no centro da Guerra Fria II está o desafio colocado pela República Popular da China”.
Para o trio, o conflito Israel-Irã é uma frente substituta de uma disputa maior entre democracias ocidentais e um “eixo de autoritários” formado por China, Rússia, Irã e Coreia do Norte.
Nesse contexto surge o dilema estratégico de Washington. “O novo eixo tem três democracias na mira: Ucrânia, Israel e Taiwan”, alertam, avaliando que os Estados Unidos talvez não consigam sustentar as três simultaneamente a custo tolerável.
Invocando Henry Kissinger, os autores observam que a política externa americana resulta de brigas entre agências. “Enquanto essa briga continuava, Israel agiu”, anotam, sugerindo que o governo Netanyahu ignorou a preferência do presidente Donald Trump por negociações.
O estopim, lembram, foi o plano iraniano de duplicar a capacidade de enriquecimento em Fordow. “Israel não pode conviver com um Irã nuclear”, resumem, explicando por que o gabinete de guerra considerou o momento propício após enfraquecer o Hezbollah e ver o colapso do regime sírio.
Declarando que “esta guerra se tornou existencial”, o artigo antevê um futuro ensaio intitulado “Irã após a República Islâmica” e projeta cenários: transição democrática ou novo vácuo para jihadistas, um risco já visto no Iraque, na Líbia e na Síria.
Ferguson, Halem e Hendriks sustentam que o golpe israelense foi “um passo vital para restaurar a credibilidade do Ocidente”, reposicionando Estados Unidos e aliados como defensores da ordem liberal, ainda que o veredito final dependa da disputa por Taiwan.
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Comentários (3)
Angelo Sanchez
16.06.2025 15:53Aqueles que querem extirpar a raça judia, invadindo Israel e metralhando mulheres, crianças, jovens e idosos, indiscriminadamente e países que fornecem armas a estes terroristas merecem uma retaliação sem trégua, senão, os judeus terão que reviver a carnificina destas invasões e quando a 80 anos atrás milhões de judeus foram mortos covardemente.
CLAUDIO NAVES
16.06.2025 14:42Está reescrevendo a história do mundo livre !
Marian
16.06.2025 14:24Tem gente que não concorda com a UE EUA ou o resto do mundo.