Netanyahu elogia plano de Trump para retirar palestinos de Gaza
Em entrevista à Fox News, o primeiro-ministro afirmou que as tropas israelenses, e não americanas, conduzirão a operação

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu (foto), defendeu a proposta do presidente dos EUA, Donald Trump, de retirar os palestinos da Faixa de Gaza. Em entrevista à Fox News, no sábado, 8, ele afirmou que as tropas israelenses, e não americanas, conduziriam a operação.
Trump sugeriu o deslocamento forçado dos palestinos na última terça-feira, em Washington, ao lado de Netanyahu.
O premiê israelense classificou a proposta como “a primeira ideia nova em anos” e disse que ela “tem o potencial de mudar tudo em Gaza”. Segundo ele, a ideia permitiria que palestinos saíssem “temporariamente” enquanto a região é reconstruída.
Netanyahu afirmou que, para retornar ao território, os deslocados precisariam “rejeitar o terrorismo”.
Israel ocupou Gaza em 1967 e manteve uma presença militar até 2005, quando retirou suas tropas e colonos, mas impôs um bloqueio ao território, governado pelo grupo terrorista Hamas. Desde então, houve sucessivos conflitos. O mais recente, iniciado após o ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023, foi o mais mortal.
Reação
A proposta de Trump de tirar os palestinos da Faixa de Gaza, sem consultar outros líderes das potências mundiais e do Oriente Médio, conseguiu desagradar a todos, com exceção de Netanyahu.
O maior problema é sugerir a remoção dos 2,2 milhões de palestinos que vivem no território. Leia mais em Crusoé.
A comunidade internacional reagiu com preocupação. O Catar, mediador das negociações de cessar-fogo, condenou a ideia. A medida também poderia dificultar o reconhecimento de Israel pela Arábia Saudita.
Trump também sugeriu que Egito e Jordânia acolhessem os palestinos, mas os dois países rejeitaram a proposta, alegando riscos de instabilidade regional.
O plano de Trump
Na quinta-feira, 6, Donald Trump publicou detalhes do seu plano de controle e de retirada de palestinos da Faixa de Gaza.
Em publicação nas redes sociais, o republicano afirmou que o governo israelense entregaria Gaza aos EUA após o fim da guerra contra o Hamas. Segundo Trump, o exército americano não seria enviado para o território palestino e “reinaria a estabilidade” na região.
“A Faixa de Gaza seria entregue por Israel aos Estados Unidos no final dos combates. Os palestinos, pessoas como Chuck Schumer, já teriam sido reassentados em comunidades muito mais seguras e bonitas, com casas novas e modernas, na região. Na verdade, eles teriam a oportunidade de ser felizes, seguros e livres.
Os Estados Unidos, trabalhando com grandes equipes de desenvolvimento de todo o mundo, começariam lenta e cuidadosamente a construção do que se converteria em um dos maiores e mais espetaculares desenvolvimentos de seu tipo na Terra.
Não seriam necessários soldados dos Estados Unidos. Reinaria a estabilidade na região”, escreveu o presidente americano.
O plano de Trump foi amplamente rejeitado por países de todo o mundo, entre os quais aqueles que o republicano afirmou que receberiam os refugiados palestinos.
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