Negociações sobre Gaza estão avançando rapidamente, diz Trump
Presidente dos EUA fala em “discussões muito positivas” entre Hamas e líderes árabes
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (foto), afirmou neste domingo, 5, que ocorreram “discussões muito positivas” entre o Hamas e interlocutores árabes e muçulmanos ao longo deste fim de semana, com o objetivo de libertar reféns, encerrar a guerra em Gaza e alcançar a “PAZ no Oriente Médio”.
“Essas conversas têm sido muito bem-sucedidas e estão avançando rapidamente”, escreveu Trump na rede Truth Social.
Segundo o republicano, “equipes técnicas” se reunirão novamente nesta segunda-feira, no Egito, para “trabalhar e esclarecer os detalhes finais”.
“Disseram-me que a primeira fase deve ser concluída nesta semana, e estou pedindo a todos que AJA RAPIDAMENTE”, afirmou o presidente, sem entrar em detalhes.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse esperar que os reféns possam ser libertados durante o feriado de Sucot, que começa na segunda-feira à noite e dura uma semana, seguido pelo Simchat Torá, que marca o aniversário do ataque terrorista do Hamas em 7 de outubro.
Trump também afirmou que as negociações estão “indo muito bem” e que o acordo beneficiaria “Israel, todo o mundo árabe, o mundo muçulmano e o mundo”.
No sábado, o presidente americano afirmou que Israel concordou com a linha inicial de retirada prevista em seu plano de cessar-fogo.
Em publicação nas redes sociais, disse que agora aguarda a confirmação do Hamas. Caso o grupo terrorista aceite, o cessar-fogo seria “imediatamente efetivo” e a troca de reféns e prisioneiros teria início.
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E a desmilitarização do Hamas?
O plano dos Estados Unidos prevê um cessar-fogo imediato, a libertação dos reféns israelenses em até 72 horas, o desarmamento do Hamas e a retirada gradual das forças israelenses da Faixa de Gaza.
Também propõe um governo transitório para Gaza, sem participação do Hamas ou da Autoridade Nacional Palestina, e prevê a criação de uma força internacional temporária.
O major Rafael Rozenszajn, porta-voz das Forças de Defesa de Israel nascido no Brasil, se manifestou sobre uma nota do Itamaraty que trata do plano de Trump. O comunicado do governo brasileiro não menciona o desarmamento do Hamas.
“O Itamaraty publicou recentemente uma nota defendendo cessar-fogo, ajuda humanitária e reconstrução sob supervisão palestina — mas omitiu um ponto essencial: a desmilitarização do Hamas.
É impossível falar em paz duradoura enquanto um grupo armado, que ameaça a existência de um Estado, mantém controle militar sobre Gaza”, afirmou Rozenszajn em publicação no Instagram.
“Se o Brasil não aceitaria um grupo terrorista armado em sua própria fronteira, por que esperar que Israel aceite? A verdadeira paz exige coragem, clareza política e compromisso com a segurança de todos os povos — inclusive o povo israelense.
Falar em paz sem exigir a desmilitarização do grupo terrorista é fechar os olhos para a realidade. Segurança e justiça devem andar juntas.”
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