NCAA segue decisão de Trump sobre trans em esportes femininos
"Ordem de Trump fornece um padrão claro", afirmou o presidente da agência responsável pelos esportes universitários

No dia seguinte ao presidente Donald Trump assinar uma ordem executiva que proíbe homens biológicos de participarem de competições femininas, a NCCA (National Collegiate Athletic Associação), a agência responsável pelos esportes universitário, anunciou oficialmente a mudança na política para atletas e estudantes transgêneros, segundo a Fox News.
De acordo com os novos termos, uma mulher biológica poderá ainda competir em equipes masculinas.
O presidente da NCAA, Charlie Baker, emitiu uma declaração na tarde desta quinta-feira, 6, dizendo que a ordem executiva de Trump fornece um “claro padrão” e que o órgão esportivo está se organizando para alinhar-se à nova política.
“A NCAA é uma organização composta por 1.100 faculdades e universidades em todos os 50 estados que coletivamente matriculam mais de 530.000 estudantes-atletas. Acreditamos firmemente que padrões de elegibilidade claros, consistentes e uniformes serviriam melhor aos estudantes-atletas de hoje em vez de uma colcha de retalhos de leis estaduais conflitantes e decisões judiciais. Para esse fim, a ordem do presidente Trump fornece um padrão nacional claro.
O Conselho de Governadores da NCAA está revisando a ordem executiva e tomará as medidas necessárias para alinhar a política da NCAA nos próximos dias, sujeito a mais orientações da administração. A Associação continuará a ajudar a promover ambientes acolhedores nos campi para todos os atletas-estudantes. Estamos prontos para ajudar as escolas enquanto elas buscam maneiras de dar suporte a quaisquer atletas-estudantes afetados por mudanças na política”, diz o comunicado.
Em 2010, a NCAA adotou uma política que permitia homens biológicos participarem de competições femininas, após serem submetidos a um tratamento de supressão de testosterona, um hormônio produzido em maior quantidade por pessoas do sexo masculino.
Na ocasião, a decisão gerou controvérsia entre atletas universitários, profissionais e população americana.
Em sua rede social Truth Social, Trump comemorou a mudança promovida pela NCAA.
O republicano cobrou o Comitê Olímpico a adotar “essa política, que é popular em todo o mundo”.
“Notícia animadora. Devido à minha ordem executiva, que orgulhosamente assinei ontem, a NCCA oficialmente trocou a política de permissão de homens em esportes americanos – ISSO AGORA ESTÁ BANIDO! É um grande dia para as mulheres e meninas em todo o país. Homem NUNCA deveria ter sido permitido a competir contra mulheres no primeiro momento, mas estou orgulhoso de ser o presidente que SALVOU o esporte feminino.
Nós esperamos que o Comitê Olímpico use também o senso comum e implemente essa política, que é muito popular entre todo o povo americano e o mundo todo.“
Ordem Executiva
O republicano batizou a lei de “No Men in Women’s Sports” (traduzindo, Sem Homem em Esportes Femininos), que era mais uma promessa de campanha.
“Isso não precisa ser longo. É tudo uma questão de bom senso. Os esportes femininos serão apenas para mulheres”.
E prosseguiu: “A guerra contra o esporte feminino acabou“, disse Trump.
A cerimônia contou com a presença de ativistas em defesa dos esportes femininos, entre as quais a nadadora universitária Riley Gaines, que se destacou no campeonato feminino da NCAA de 2022, quando empatou com a nadadora trans Lia Thomas, mas viu o troféu ser entregue apenas a Thomas.
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