Um navio russo disparou munições de sinalização perto de um helicóptero militar alemão no Mar Báltico, revelou a ministra das Relações Exteriores alemão, Annalena Baerbock, à margem de uma reunião de ministros das Relações Exteriores da Otan em Bruxelas.

Não está claro se o navio de guerra russo disparou diretamente contra o helicóptero ou que tipo de “munição de sinalização” foi usada. Os navios geralmente carregam sinalizadores para uso em situações de emergência.

A Sra. Baerbock acrescentou que os navios que contornam as sanções relacionadas à guerra da Rússia na Ucrânia frequentemente transitam pelo Mar Báltico.

Em resposta aos eventos recentes, a ministra anunciou planos para intensificar a vigilância sobre gasodutos e cabos de dados submarinos no Báltico, enfatizando a necessidade de proteger infraestruturas críticas através do aumento das patrulhas.

A crescente ameaça de ataques híbridos, patrocinados pela Rússia e seus aliados, preocupa as autoridades. Como exemplo dessas ameaças, Baerbock citou danos a cabos de comunicação e interferências no sistema GPS global, além do recente episódio com o helicóptero alemão.

O Ministério da Defesa da Alemanha optou por não comentar especificamente sobre o incidente. Um porta-voz sublinhou que violações no espaço aéreo ou marítimo ocorrem ocasionalmente e ressaltou a importância de uma reação calma por parte das forças armadas.

Scholz rejeita envio de tropas para supervisionar cessar-fogo

O chanceler alemão Olaf Scholz rejeitou a sugestão de sua própria ministra de que tropas alemãs poderiam ser enviadas à Ucrânia para supervisionar um futuro acordo de cessar-fogo entre Moscou e Kiev.

Respondendo a perguntas de parlamentares no parlamento alemão, Scholz disse que a ideia de Berlim enviar soldados para a Ucrânia estava “fora de questão” para ele.

Annalena Baerbock, sua ministra das Relações Exteriores, disse em uma reunião da Otan de ministros das Relações Exteriores na quarta-feira, 4 de dezembro, que ela poderia imaginar tropas internacionais sendo enviadas à Ucrânia para supervisionar um acordo de paz.

Quando perguntada se isso poderia incluir tropas alemãs, ela disse: “o lado alemão apoiará tudo o que servir à paz no futuro… com todas as suas forças”.

Tropas europeias na Ucrânia

As conversas sobre tropas europeias impondo um cessar-fogo na Ucrânia aumentaram desde a vitória eleitoral de Donald Trump nos EUA, que está considerando um plano no qual tropas europeias patrulhariam uma zona de amortecimento congelada de 800 milhas de comprimento entre os exércitos ucraniano e russo.

A chefe de política externa da UE, Kaja Kallas, disse no fim de semana que o envio de tropas europeias para a Ucrânia “não poderia ser descartado”.

O ex-primeiro-ministro Boris Johnson pediu na semana passada que tropas britânicas e europeias fossem enviadas para a Ucrânia no caso de um armistício.

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