“Não houve genocídio”, diz líder da oposição israelense
"A verdade é que um Estado democrático foi atacado por uma organização terrorista fanática", afirmou Yair Lapid no Parlamento israelense
O líder da oposição israelense, Yair Lapid, afirmou nesta segunda-feira, 13, que “não houve genocídio” em Gaza, rebatendo diversas acusações feitas a Israel durante a campanha militar realizada para libertar os reféns mantidos pelo Hamas na Faixa de Gaza.
A declaração foi feita no Parlamento israelense diante do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
“Eu não represento o governo. Como vocês sabem, eu sou o líder da oposição e eu posso falar aqui: os senhores foram enganados, porque especialistas em propaganda, financiados pelo dinheiro do terror manipularam vocês. Agora que a guerra acabou, os senhores podem ter uma chance e aprender os fatos. Não houve genocídio. Não houve a fome intencional. A verdade é que havia uma Exército e um país lutando em condições muito complicadas e inimagináveis contra terroristas que mandavam suas próprias crianças para morrer ou para usá-las como escudos humanos. A verdade é que um Estado democrático foi atacado por uma organização terrorista fanática.
1.200 pessoas assassinadas, mulheres estupradas, bebês queimados vivos. E eles, ao mesmo tempo, jogaram com suas cabeças, vendendo a vocês a ideia absurda de que o terrorismo islâmico seria de alguma forma um valor liberal. Existe o bem e o mal neste mundo. Quando você está com o Hamas, você está com a maldade. Quando você está com o Hezbollah, você está com o mal. Quando você está com o regime iraniano, você está com o mal. Quando você está com Israel, você fica do lado da justiça.”
20 reféns libertados
Todos os 20 reféns israelenses ainda vivos em Gaza foram libertados nesta segunda, 13, como parte do acordo de cessar-fogo entre Israel e Hamas.
Segundo o Exército de Israel, os grupos foram entregues ao Comitê Internacional da Cruz Vermelha em dois pontos na Faixa e levados para centros de recepção no sul do país para exames e identificação antes do reencontro com as famílias.
A Cruz Vermelha informou que as equipes fizeram duas viagens para concluir a transferência. As autoridades de saúde israelenses confirmaram avaliação médica e apoio psicológico imediatos. O Fórum de Famílias de Reféns e Desaparecidos relatou as primeiras ligações por vídeo e reencontros em Re’im.
O governo israelense afirmou que, além dos libertados, receberá os corpos de 28 reféns mortos em cativeiro. As forças de segurança mantêm operação de proteção nas rotas de helicóptero e ambulâncias, com escolta do serviço de inteligência interno.
Em contrapartida, Israel começou a soltar cerca de 2.000 presos palestinos, incluindo aproximadamente 250 que cumprem prisão perpétua.
A lista, divulgada pelo serviço penitenciário, inclui membros do Hamas, da Jihad Islâmica Palestina e de outras facções. As liberações ocorrem por etapas, com checagem de identidade e condições de saúde.
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