Moody’s eleva nota da Argentina e destaca ajustes fiscais de Milei
A decisão, anunciada na sexta-feira, marca a primeira elevação da nota em cinco anos

A Moody’s, uma das maiores agências de classificação de risco, elevou a nota de crédito soberano de longo prazo da Argentina de “Ca” para “Caa3”. A decisão, anunciada nesta sexta-feira, 24 de janeiro, é a primeira melhoria em cinco anos e reflete o impacto positivo das políticas econômicas do governo do presidente Javier Milei (foto).
A perspectiva também foi revisada de “estável” para “positiva”, indicando possíveis novos avanços no futuro.
A agência destacou que a administração de Milei conseguiu reduzir desequilíbrios econômicos e estabilizar as finanças externas por meio de ajustes fiscais e monetários considerados decisivos.
Entre as medidas adotadas estão cortes drásticos em gastos públicos e a interrupção do financiamento monetário, como a emissão de moeda para cobrir déficits. Esses esforços resultaram em um superávit comercial recorde de US$ 18,9 bilhões em 2024 e ajudaram a reduzir o risco de um “evento de crédito”, como um calote.
Apesar da melhora, a classificação da Argentina ainda está no chamado grau especulativo, que indica alto risco de inadimplência e limita o acesso do país a investimentos estrangeiros.
A Moody’s alertou que desafios significativos permanecem, como a necessidade de maior abertura econômica e a redução de controles cambiais e de capital.
O que é um rating?
Os ratings são classificações que avaliam o risco de crédito de um país ou empresa e servem como uma medida de confiança para investidores. Países com notas mais altas têm maior credibilidade e atraem mais investimentos.
A escala é dividida entre grau de investimento, que indica menor risco de calote, e grau especulativo, associado a economias mais instáveis. A Argentina permanece no grau especulativo, mas a revisão para “positiva” sinaliza melhorias na percepção de sua economia.
Mais um recorde para a Argentina
Sob o governo Milei, a balança comercial da Argentina registrou um superávit de US$ 18,8 bilhões em 2024, sendo o maior valor da história.
O resultado decorre do aumento das exportações agrícolas, 19% a mais do que o ano de 2023, além do fim da recessão econômica.
Em 2009, a Argentina obteve até então o seu maior superávit comercial no valor de US$ 16,8 bilhões.
Leia mais: “Sob Milei, Argentina registra primeiro superávit financeiro em 14 anos”
Marca positiva
A Argentina registrou seu primeiro superávit financeiro em mais de dez anos, atingindo 1,8% do PIB, segundo o Ministério da Economia do país.
O resultado é o melhor desempenho fiscal da Argentina em 14 anos e reflete um esforço para controlar a dívida pública, mantendo-a em níveis semelhantes aos do final de 2023, com uma redução real de 52%.
O superávit foi alcançado apesar de um déficit fiscal primário de 1,30 trilhão de pesos e um déficit financeiro de 1,56 trilhão de pesos em dezembro, mês de altos gastos governamentais, segundo afirmou o ministro da Economia argentino, Luis Caputo.
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Comentários (3)
Claudemir Silvestre
25.01.2025 09:44Aguardando os comentários dos ESQUERDOPATAS de Plantão !!
Marian
25.01.2025 08:28Parabéns Milei. Isso é política fiscal 👏
Marcia Elizabeth Brunetti
25.01.2025 08:28Imagina se este imperialista não está enganando seu povo? Kkkk Quem fez o L talvez não queira comentar sobre a serra no simbolismo da campanha de Milei. Ainda preferem a foice e o martelo. Até nisso estão atrasados.