María Corina denuncia atentado a tiros contra ativistas exilados na Colômbia
Ativista LGBTI e consultor político foram baleados por motociclistas em Bogotá; Ambos deixaram a Venezuela após perseguição de Maduro
A líder da oposição e vencedora do Nobel da Paz, María Corina Machado, denunciou nesta segunda-feira, 13, um atentado a tiros contra o consultor político venezuelano Luis Peche Arteaga e o ativista de direitos humanos Yendri Velásquez, ambos exilados na Colômbia após fugirem da ditadura de Nicolás Maduro.
Segundo relatos, os dois ativistas foram baleados por motociclistas enquanto saíam de um prédio onde vivem em Bogotá. Velásquez está internado em estado crítico. Já Peche foi ferido por um tiro, mas seu estado é estável.
María Corina exigiu uma investigação urgente por parte do governo colombiano.
“Denuncio e condeno o ataque perpetrado nesta segunda-feira, 13 de outubro, em Bogotá, Colômbia, contra os ativistas venezuelanos de direitos humanos Yendri Velásquez e Luis Peche, perseguidos na Venezuela pela ditadura de Nicolás Maduro.
Yendri está na Colômbia como refugiado após escapar das mãos do regime após ser sequestrado em agosto de 2024 por seu trabalho como defensor dos direitos humanos. No caso de Luis Peche, um analista político, ele também estava em Bogotá devido à perseguição política do regime de Maduro.
Este ataque constitui uma grave agressão não apenas contra eles, mas contra todo o trabalho de proteção e promoção dos direitos humanos na região. Apelamos às autoridades colombianas e ao governo do presidente Gustavo Petro para que conduzam uma investigação completa, transparente e urgente para esclarecer os fatos, identificar os responsáveis e garantir justiça. Mais importante ainda, exigimos que seja garantida proteção a eles e aos exilados venezuelanos na Colômbia“, escreveu no X.
Petro
Em postagem no X, o presidente da Colômbia, Gustavo Petro, afirmou que a Colômbia continuará sendo um país acolhedor para perseguidos políticos venezuelanos, independentemente de suas posições.
“Todos os cidadãos venezuelanos que desejam buscar asilo na Colômbia, independentemente de suas crenças, são bem-vindos, como tem sido demonstrado ao longo dos anos.”
“Ninguém pode dizer que o governo os incomodou, independentemente de suas crenças. Eles se expressaram livremente, e assim continuará sendo.
O UNP expandirá a proteção de ativistas de direitos humanos de todo o mundo para a Colômbia. Sabemos o que os grupos violentos buscam neste caso. Sabemos da reunião das máfias coordenadas em Cúcuta. Aqueles que querem paz receberão ajuda; os demais serão confrontados com força.”
Ativistas venezuelanos
Yendri Velásquez integra a equipe da Anistia Internacional e é reconhecido na comunidade migrante de Bogotá como um ativista LGBTI.
Está exilado na Colômbia há mais de um ano, após ser detido e desaparecido temporariamente por agentes do regime chavista enquanto tentava deixar a Venezuela rumo a uma conferência da ONU.
Desde então, solicitou asilo e participou de campanhas públicas em defesa dos direitos de migrantes e minorias sexuais.
Luis Peche, diretor da consultoria política Sala 58 e cidadão com dupla nacionalidade venezuelana e colombiana, deixou Caracas em maio, após uma escalada de repressão.
A decisão foi tomada após o sequestro de seu amigo próximo, o jornalista Carlos Marcano, por agentes da inteligência chavista.
O episódio foi documentado por organizações jornalísticas e redes de apoio à imprensa independente.
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