A polícia de Manchester, no noroeste da Inglaterra, anunciou neste domingo, 3 de novembro, que investiga o roubo de dois bustos do primeiro presidente de Israel, Chaim Weizmann, da Universidade da cidade. 

O crime foi reivindicado por um grupo pró-palestino Ação Palestina. Imagens que circulam nas redes sociais mostram pessoas mascaradas quebrando uma vitrine onde estavam as esculturas na universidade.

“Isso foi um ato de vandalismo e não contribui em nada para uma melhor compreensão do atual conflito no Oriente Médio”, afirmou o vice-reitor da Universidade de Manchester, Duncan Ivison.

“Por mais de um ano, vimos protestos pacíficos no campus e a troca de opiniões fortemente defendidas. Nós acolhemos isso como parte do nosso papel fundamental como universidade – um lugar dedicado à discussão de ideias e crenças frequentemente difíceis”, acrescentou.

O Conselho Representativo Judaico da Grande Manchester também se manifestou nas redes sociais e denunciou o crime.

“Durante a noite, criminosos da Ação Palestina invadiram a Universidade, destruíram a vitrine e furtaram a estátua de Weizmann”, afirmou no X. 

“Pedimos às autoridades e ao ministro do Interior que proíbam completamente a Ação Palestina”, continuou. 

O roubo ocorreu na noite anterior ao aniversário da Declaração Balfour, que declarou o apoio britânico ao estabelecimento de um lar para judeus na Palestina. Weizmann estava envolvido nas negociações que levaram à declaração em 2 de novembro de 1917. A declaração é considerada um dos primeiros passos que levaram à criação de Israel, em 1948.

Leia também: ​

Defensores do Hamas: o curso de Filosofia da UECE é uma vergonha