Maduro ofereceu aos EUA participação em petróleo e minerais
Reportagem do NYT mostra que a proposta visava, em parte, encerrar conflito e reduzir tensões entre Caracas e Washington
Autoridades venezuelanas, com aval do ditador Nicolás Maduro (foto), ofereceram ao governo Donald Trump uma ampla participação em petróleo e outros recursos minerais da Venezuela em negociações que se estenderam por meses, segundo reportagem do New York Times. A proposta visava, em parte, encerrar o conflito e reduzir as tensões entre Caracas e Washington.
A proposta incluía abertura de todos os projetos de petróleo e ouro, atuais e futuros, a empresas americanas, contratos preferenciais para negócios dos EUA, reversão do fluxo de exportações de petróleo da Venezuela da China para os Estados Unidos e redução de contratos de energia e mineração com empresas chinesas, iranianas e russas.
Apesar das concessões, o governo Trump rejeitou a oferta e cortou a diplomacia com a Venezuela, encerrando as negociações, ainda de acordo com a reportagem, que ouviu pessoas próximas às negociações.
O contexto externo pressionou as negociações. Washington classificou o regime Maduro como um “cartel narco-terrorista”, mobilizou navios de guerra no Caribe e destruiu embarcações suspeitas de transportar drogas da Venezuela.
Marco Rubio, secretário de Estado e conselheiro de segurança nacional dos EUA, tem sido a principal voz a favor da remoção de Maduro.
Ele chamou o ditador venezuelano de líder ilegítimo e “fugitivo da Justiça americana”.
Aproximações e retaliações
No início do ano, um assessor de Trump, Richard Grenell, foi encarregado de se aproximar do chavismo e chegar a alguns acordos, como manter a licença petrolífera da Chevron, realizar uma troca de prisioneiros e acertar as deportações de venezuelanos.
Maduro e Jorge Rodríguez, seu principal operador político, aceitaram e acreditaram ter assinado a paz com Washington. A longo prazo ficou claro que não foi assim.
Trump, conforme publicado pelo New York Times, ordenou interromper todo contato diplomático com o chavismo. Neste momento são duas nações sem diálogo e à beira de uma escalada militar.
Fraude eleitoral
Maduro nunca apresentou provas de que havia ganhado as eleições presidenciais do ano passado, apesar de isso ter sido solicitado por instituições internacionais e até mesmo por países aliados como Brasil ou Colômbia.
A oposição, ao contrário, apresentou atas que foram verificadas e validadas, que mostravam uma vitória confortável do candidato apoiado por María Corina Machado, o diplomata Edmundo González Urrutia.
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Comentários (2)
Marian
12.10.2025 10:51Sem qualquer escrúpulo, os tiranos colocam seus interesses pessoais, na frente dos interesses do país. É uma conduta repulsiva, digna de um chefe de cartel. Espero que seja capturado porque irá abrir o bico, sobre tudo o que sabe.
Marcia Elizabeth Brunetti
12.10.2025 10:26Assim como desejo fortemente a prisão de Lula, também espero o mesmo com Maduro e militares que estão por trás do regime ditatorial.