Maduro impede entrega de remédios a embaixada, denuncia opositor
"Hoje foi proibido o acesso a medicamentos vitais para tratar doenças cardíacas", afirmou González Moreno

Membro da oposição venezuelana, Omar Gonzalez Moreno afirmou que a ditadura de Nicolás Maduro negou a entrega de medicamentos para tratar doenças cardíacas dos asilados na embaixada argentina em Caracas nesta quinta-feira, 23.
“Atenção! Agrava-se o cerco daqueles que se refugiam na embaixada argentina em Caracas. Hoje foi proibido o acesso a medicamentos vitais para tratar doenças cardíacas, o que coloca em risco a vida dos requerentes de asilo aqui perseguidos politicamente“, denunciou González, que está abrigado no prédio argentino.
A embaixada, que está protegida pelo corpo diplomático brasileiro, abriga cinco opositores do regime chavista: Omar González Moreno, Pedro Urruchurtu, Magalli Meda, Claudia Maceto e Humberto Villalobos.
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Condições desumanas
Em novembro do ano passado, Urruchurtu denunciou aumento do cerco das forças de Maduro.
O opositor disse ter percebido a presença de drones para intimidar os abrigados.
O secretário-geral da OEA (Organização dos Estados Americanos), Luis Almagro, afirmou que os opositores estão submetidos à condições desumanas:
“A presença intimidadora de pessoal armado, os cortes de eletricidade e de água corrente, bem como a interrupção da entrada de alimentos e água, representam um perigo iminente para a vida e integridade dos requerentes de asilo”, escreveu no X.
Casas tomadas
A líder de oposição venezuelana, María Corina, afirmou que a ditadura de Maduro tomou à força as casas particulares próximos ao prédio argentino no fim do ano passado.
“Eles os intimidaram a tal ponto que ninguém se atreve a abordá-los e trazer-lhes comida e remédios”, acrescentou. “Ou seja, querem submetê-los a torturas psicológicas e físicas para quebrá-los”, disse.
Para Corina, o cerco revela um “ato de guerra” a Brasil e Argentina.
Os Estados Unidos aumentam a pressão para que os seis venezuelanos saiam com segurança.
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