Maduro está se preparando para uma guerra?
O ditador Nicolás Maduro anunciou a realização de extensos exercícios militares e policiais programados para os dias 22 e 23 de janeiro

O ditador Nicolás Maduro anunciou a realização de extensos exercícios militares e policiais programados para os dias 22 e 23 de janeiro.
Denominada Escudo Bolivariano 2025, essa operação surge como uma resposta do governo à crescente hostilidade popular com a sua permanência no poder, após as últimas eleições presidenciais, que foram vencidas pelo ex-diplomata Edmundo González.
O anúncio ocorre em um contexto tenso, coincidente com a ascensão de Donald Trump ao governo dos Estados Unidos e rumores de uma possível intensificação das pressões americanas sobre o regime venezuelano, cenário que estimula esperanças entre os oposicionistas de Maduro no exílio que almejam o reestabelecimento da democracia na Venezuela.
Em um vídeo divulgado em suas redes sociais, Maduro aparece vestido com roupas de treino, enfatizando a importância da defesa nacional: “Vamos proteger nossas fronteiras, cidades e recursos vitais. Todos juntos para garantir a paz e a verdadeira democracia”, declarou.
Ele também destacou que o exercício militar será o primeiro do ano, reforçando a mobilização popular-militar-policial.
Imagens compartilhadas em portais de notícias mostram Maduro reunido com altos oficiais, incluindo o ministro da Defesa, Vladimir Padrino López, e o ministro do Interior, Diosdado Cabello, enquanto analisam estratégias em um mapa do país.
Essa interação ressalta a preparação e o foco do governo em assegurar o controle da situação interna por meio do aumento da já pesada repressão.
O Ministério da Defesa anunciou que as operações visam garantir a continuidade dos serviços essenciais e proteger instalações estratégicas. A declaração reiterou o compromisso do governo em tornar as cidades e fronteiras “inexpugnáveis” em todo o território nacional.
Maria Corina Machado
Por outro lado, Maria Corina Machado, a proeminente líder da oposição, utilizou suas redes sociais para convocar os cidadãos a boicotarem as eleições regionais convocadas pelo governo chavista para 2025.
Ela afirma que, uma vez que as eleições anteriores realizadas em julho não foram respeitadas, qualquer participação futura sem a aceitação desse resultado apenas desvirtua ainda mais o processo democrático.
Machado ainda fez um apelo aos militares e policiais venezuelanos para que defendam a Constituição e se afastem do regime atual:
“As armas pertencem à nação”, enfatizou, sublinhando que os venezuelanos têm o direito de reunir forças suficientes para reivindicar os resultados eleitorais.
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Comentários (1)
Marcia Elizabeth Brunetti
22.01.2025 10:15É até engraçado (se não fosse trágico) imaginar Lula tendo que lutar contra forças venezuelanas. O que iria sair disso não tenho a mínima ideia. Agora, politicamente o golpe de credibilidade em Lula seria abalado. Imagino que os esquerdalhas terão dúvidas de defender o Brasil ou se deixarão abater pela ditadura bolivariana.