Libertação dos reféns pode ocorrer “a qualquer momento”, diz JD Vance
Vice-presidente dos EUA confirma também que Trump discursará no Knesset, o Parlamento israelense
O vice-presidente dos Estados Unidos, JD Vance (foto), afirmou neste domingo que os 20 reféns israelenses ainda vivos devem ser libertados “a qualquer momento”.
Em entrevista à NBC News, Vance confirmou também que Trump viajará ainda neste domingo para Israel, onde discursará no Knesset, o Parlamento israelense, na manhã de segunda-feira, horário local.
Depois, seguirá para o Egito, onde participará de uma cerimônia de paz destinada a receber os reféns restantes.
“Temos todas as expectativas de que o presidente estará cumprimentando os reféns no início desta semana”, afirmou.
O acordo de cessar-fogo entre Israel e o Hamas, anunciado na última quarta-feira, prevê a libertação dos reféns e o fim dos combates na Faixa de Gaza. A trégua entrou em vigor na sexta-feira e será seguida por uma cúpula internacional de paz na cidade egípcia de Sharm el-Sheikh.
Na entrevista à NBC News, Vance disse ainda que o Hamas confirmou estar mantendo 20 reféns vivos e que a libertação ocorrerá nas próximas 24 horas.
“Claro, você só tem certeza quando vê essas pessoas vivas. Mas, graças a Deus, esperamos vê-las vivas nas próximas 24 horas, provavelmente no início da manhã de amanhã, horário dos Estados Unidos”, disse.
Vance classificou o acordo de paz como “uma conquista notável de um governo que realmente escolheu um caminho não convencional para a diplomacia”.
Ele também negou que os Estados Unidos pretendam enviar tropas a Israel ou Gaza.
“Já temos tropas no Comando Central há décadas. Elas vão monitorar os termos do cessar-fogo, garantir que o Hamas não ataque civis inocentes e fazer o possível para assegurar que a paz se mantenha”, afirmou.
Segundo o vice-presidente, países como a Indonésia e outros de maioria muçulmana ofereceram-se para enviar tropas a Gaza com o objetivo de garantir a manutenção da paz.
“Isso não é algo que os Estados Unidos serão esperados a fazer”, concluiu.
Leia mais: Hamas relata dificuldades em entregar corpos de reféns de uma só vez
Líderes mundiais no Egito
O encontro, liderado por Trump e pelo presidente egípcio Abdel Fattah al-Sisi, contará com a presença de “líderes de mais de 20 países”, segundo o governo egípcio.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, confirmou participação, assim como o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, a premiê italiana, Giorgia Meloni, e o presidente do governo espanhol, Pedro Sánchez. Também estarão presentes o presidente francês, Emmanuel Macron, o turco Recep Tayyip Erdogan, e o rei Abdullah II da Jordânia.
O Conselho Europeu será representado por seu presidente, António Costa.
A cúpula, segundo o governo egípcio, tem como objetivo “encerrar a guerra na Faixa de Gaza, reforçar os esforços de paz e estabilidade no Oriente Médio e abrir uma nova página na segurança e estabilidade regionais”.
O plano de paz a ser assinado foi mediado por Trump após negociações indiretas no Egito e estabelece um cronograma em fases para o cessar-fogo, a troca de reféns e a ampliação da ajuda humanitária.
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