O cardeal Robert Francis Prevost, agora papa Leão XIV, nasceu em Chicago, nos Estados Unidos.

Como pontífice, ele também é o líder da Cidade do Vaticano, um Estado soberano reconhecido internacionalmente. A Santa Sé, porém, adota tradicionalmente uma postura de neutralidade e mantém o status observação na ONU.

Além da cidadania americana, Prevost possui cidadania honorária peruana.

Ele viveu por anos no Peru como missionário. Recentemente, foi nomeado bispo da Diocese de Chiclayo pelo papa Francisco.

A lei americana permite que cidadãos liderem outros países sem perder a cidadania desde que desejem mantê-la.

Em seu site oficial, o Departamento de Estado dos EUA informa que o governo americano “analisa ativamente” casos em que chefes de Estado estrangeiros desejam manter a cidadania. No entanto, o órgão alerta que a situação levanta “questões complexas de direito internacional”.

Para manter a cidadania, a pessoa deve notificar o Departamento de Estado. Caso decida renunciar, também precisa avisar ao órgão e “seguir as etapas necessárias”.

Os antecessores de Leão XIV – Francisco, Bento XVI e João Paulo II – mantiveram suass nacionalidades de origem durante seus pontificados.

Raro

Há poucos casos em que cidadãos americanos atuaram como chefes de Estado de outros países.

O mais emblemático é o ex-presidente da Somália, Mohamed Abdullahi Mohamed.

Ele nasceu no país africano, mas morou nos Estados Unidos onde se naturalizou americano.

Em 2017, Mohamed venceu a eleição para presidente do país e renunciou à cidadania americana por acusações de dupla lealdade.