Israelenses libertados reencontram família após 491 dias de cativeiro
Imagens divulgadas pelas Forças de Defesa de Israel (FDI) mostram os homens visivelmente magros e abatidos

Os três reféns israelenses libertados neste sábado, 8, pelo Hamas reencontraram suas famílias após 491 dias em cativeiro na Faixa de Gaza. Eli Sharabi, 52, Or Levy, 34, e Ohad Ben Ami, 56, foram recebidos por familiares em uma instalação militar perto da fronteira.
As imagens divulgadas pelas Forças de Defesa de Israel (FDI) mostram os homens visivelmente magros e abatidos.
Sharabi se reencontrou com a mãe, Chana, e a irmã, Osnat. O retorno, no entanto, veio com uma tragédia: sua esposa e duas filhas adolescentes foram assassinadas no ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023, quando ele foi sequestrado de sua casa no Kibutz Be’eri. Segundo relatos, ele desconhecia a morte da família.
Ben Ami foi recebido por sua esposa, Raz, e seu irmão, Kobi.
“Não acredito. Você é tão bonito, eu te amo”, disse Raz, emocionada. Em uma videochamada com as filhas, ele declarou: “Joy, você me traz alegria”. Yuli, Natalie e Ella, que aguardavam o pai em um hospital no centro de Israel, responderam: “Pai, como sentimos sua falta… Você é o mais forte deste mundo”.
Levy encontrou os pais e o irmão. “Acabou”, disse o irmão ao abraçá-lo, chorando. Os pais se juntaram ao abraço. “Sentimos sua falta”, disse a mãe.
Pódio do Hamas
A libertação dos reféns ocorreu em Deir Al-Balah, no centro de Gaza, e foi transmitida ao vivo. Eles foram entregues à Cruz Vermelha por homens armados do Hamas, que montaram um cenário com bandeiras do grupo, imagens de blindados israelenses destruídos e soldados mortos em bombardeios.
Os três foram conduzidos a um pódio e forçados a responder perguntas de um homem mascarado enquanto militantes os escoltavam.
O governo israelense condenou a cerimônia organizada pelo Hamas e as condições dos reféns.
“As imagens chocantes que vimos hoje não ficarão sem resposta”, afirmou o gabinete do premiê Benjamin Netanyahu. O presidente de Israel, Isaac Herzog, classificou o ato como “cínico e cruel”, enquanto o Fórum das Famílias dos Reféns comparou a cena à libertação dos campos de concentração nazistas em 1945. “Temos que tirar todos os reféns do inferno”, declarou a organização.
A libertação faz parte de um acordo em curso entre Israel e o Hamas. Em troca, Israel soltará 183 prisioneiros palestinos, incluindo 18 que cumpriam pena de prisão perpétua e 54 condenados a longas sentenças. Outros 111 foram detidos em Gaza durante o conflito Israel-Hamas.
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