A nomeação de Yahya Sinwar como sucessor de Ismail Haniya é “outra razão convincente para eliminá-lo rapidamente e varrer esta organização desprezível do mapa”, disse o ministro das Relações Exteriores, Israel Katz, na terça-feira, 6 de agosto, na rede social X. Ele também descreveu Sinwar como um “arqui-terrorista”.

O ministro da Defesa de Israel, Joav Gallant, já tinha afirmado em novembro passado: “Encontraremos Sinwar e eliminá-lo-emos”. Sinwar não aparece em público desde 7 de outubro. Acredita-se que esteja num sistema de túneis sob a Faixa de Gaza.

Mensagem forte

Um responsável do Hamas disse terça-feira, 6, que a nomeação de Yahya Sinwar enviou uma “mensagem forte” a Israel, dez meses após o início da guerra na Faixa de Gaza, desencadeada pelo ataque terrorista em solo israelense, em 7 de outubro de 2023.

O Hezbollah também mencionou num comunicado de imprensa uma “mensagem forte” dirigida a Israel, e considerou que a escolha de Sinwar “confirma que o inimigo foi incapaz de atingir os seus objetivos” contra o Hamas.

O movimento Fatah, do presidente palestino Mahmoud Abbas, rival do Hamas, considerou a nomeação de Sinwar “lógica” e “esperada”, saudando, através de um dos seus líderes, Jibril Rajoub, uma “personalidade pragmática, realista e lógica”.

Quem é Sinwar?

O terrorista Yahya Sinwar tem sido o líder do Hamas na Faixa de Gaza nos últimos anos. Antes de assumir a liderança do grupo terrorista Hamas em Gaza, Sinwar passou 23 anos em prisões israelenses, onde cumpriu quatro penas de prisão perpétua.

Ele foi condenado pela morte de dois soldados israelenses e de quatro palestinos que eram considerados espiões de Israel. Em 2011, Sinwar foi libertado juntamente com outros prisioneiros palestinos em troca do soldado israelense Gilad Shalit, que havia sido sequestrado pelo Hamas cinco anos antes.