Israel anuncia destruição de 80% das forças militares do regime de Assad
Após ofensiva de 48 horas, FDI reduz arsenal estratégico sírio para evitar uso por grupos hostis
O exército de Israel anunciou nesta terça-feira, 10, a destruição de aproximadamente 80% das capacidades militares estratégicas remanescentes do regime de Bashar al-Assad, deposto recentemente por rebeldes sírios. A operação, chamada de “Bashan Arrow”, envolveu mais de 350 ataques aéreos e navais em território sírio ao longo de dois dias.
A ofensiva, iniciada no último sábado, 7, teve como alvo sistemas de defesa aérea, bases militares, depósitos de armamentos e fábricas de armas, incluindo projéteis de longo alcance e mísseis de cruzeiro.
A marinha israelense também afundou 15 navios do regime no litoral sírio. Imagens divulgadas mostram instalações militares destruídas em Damasco, Latakia e outras cidades estratégicas.
Israel justificou os ataques como uma ação preventiva para impedir que armas sofisticadas caíssem em mãos de forças hostis, incluindo o Hezbollah, aliado do Irã. “Destruímos capacidades estratégicas que poderiam ameaçar nossa segurança”, afirmou o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.
O regime de Assad colapsou após uma ofensiva relâmpago de grupos rebeldes, encerrando anos de guerra civil. A ausência de controle central levantou temores de que o vácuo de poder beneficie milícias jihadistas ou aliados do Irã.
Netanyahu ressaltou que Israel não intervirá diretamente nos assuntos internos sírios, mas continuará vigilante. “Buscamos boas relações com o novo governo, mas não toleraremos a presença iraniana ou transferências de armas para grupos que nos ameaçam”, disse.
O ministro da defesa de Israel, Israel Katz, anunciou a criação de uma zona desmilitarizada no sul da Síria, sem presença militar israelense permanente. Ele reforçou que o país continuará suas operações preventivas enquanto o caos na Síria persistir.
A ofensiva ocorre em um momento de fragilidade para a região, com múltiplos atores buscando consolidar poder no vácuo deixado pelo regime de Assad.
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