Israel amplia ofensiva militar em Gaza
Operação busca tomar áreas estratégicas do território controlado pelo Hamas

O Exército de Israel anunciou, na madrugada deste sábado, 17, o início de uma nova fase de sua ofensiva militar em Gaza, batizada de “Carruagens de Gideão”. A operação busca tomar áreas estratégicas do território controlado pelo Hamas.
“Nas últimas 24 horas, as Forças de Defesa de Israel (FDI) lançaram ataques em grande escala e mobilizaram tropas com o objetivo de alcançar todos os objetivos da guerra, incluindo a libertação dos reféns e a derrota do Hamas”, afirmou o Exército em comunicado.
Os militares afirmam que a nova ofensiva pretende consolidar o controle territorial sobre Gaza e impedir o Hamas de comandar a distribuição de ajuda humanitária.
A intensificação das ações ocorre no momento em que autoridades israelenses retomam, no Catar, negociações por um cessar-fogo, com mediação dos Estados Unidos. Os diálogos, no entanto, têm avançado pouco. Israel insiste que não encerrará a guerra até a destruição total do Hamas.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou que apenas com o aumento da pressão militar será possível libertar os reféns em poder do Hamas. Ele confirmou no início da semana que a ofensiva seria intensificada.
Número 1 do Hamas é alvo de Israel
Israel ainda aguarda a confirmação da eliminação de Mohammed Sinwar, que assumiu a liderança do Hamas após seu irmão e então líder do grupo terrorista palestino, Yahya, ter sido eliminado em Rafah, no sul da Faixa de Gaza, em 16 de outubro de 2024.
Uma autoridade israelense ouvida por O Antagonista disse ser “muito alta” a probabilidade de que Mohammed Sinwar tenha sido atingido por “munição cirúrgica e fatal” na última terça-feira, 13 de maio de 2025, enquanto estava “se escondendo embaixo de hospital” em Khan Yunis.
Ele estaria no mesmo túnel sob o Hospital Europeu onde o Hamas manteve em cativeiro o refém americano-israelense Edan Alexander, de 21 anos, libertado na segunda-feira, 12, 584 dias depois de ter sido sequestrado durante o ataque de 7 de outubro de 2023.Segundo a autoridade, Mohammed Sinwar vinha sendo “o maior impedimento para acordo” entre Israel e Hamas.
A imprensa israelense já havia informado no domingo, 11, que o presidente do Conselho Shura do Hamas, seu xará Mohammed Darwish, era a favor de concordar com um cessar-fogo de 50 a 60 dias em troca da libertação de 10 reféns, enquanto o irmão de Yahya se opunha.
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