Irã confirma morte do chefe de inteligência da Guarda Revolucionária
O general de brigada Mohammad Kazemi e seu vice, Hassan Mohaqiq, foram mortos ataque aéreo atribuído a Israel

A mídia estatal iraniana confirmou neste domingo, 15, a morte do chefe de inteligência da Guarda Revolucionária Islâmica, general de brigada Mohammad Kazemi, e de seu vice, Hassan Mohaqiq, em um ataque aéreo atribuído a Israel. Um terceiro oficial, Mohsen Bagheri, também foi morto na ofensiva, segundo a agência semioficial Tasnim. O bombardeio ocorreu em Teerã.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, já havia declarado que Kazemi e Mohaqiq estavam entre os alvos eliminados. A Guarda Revolucionária é a força militar mais poderosa do Irã e responde diretamente ao líder supremo do país, além de atuar na repressão a protestos e na proteção do regime.
A troca de ataques entre Israel e Irã chegou ao terceiro dia consecutivo neste domingo, com dezenas de civis mortos e crescente temor de uma escalada militar regional. Pelo menos 14 mortes foram confirmadas em Israel.
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Israel elimina principais líderes militares
O “ataque preventivo” de Israel contra instalações nucleares e alvos militares no Irã, iniciado na noite de quinta-feira, eliminou os principais líderes militares iranianos: o chefe da Guarda Revolucionária do Irã, Hossein Salami, o chefe das Forças Armadas do país, Mohammad Bagheri, e o comandante do Khatam al-Anbiya (Comando de Emergência), Gholam Ali Rashid.
O líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, já começou a substituir os comandantes militares eliminados.
Na sexta-feira, Khamenei afirmou que o país “não permitirá que Israel escape ileso”. Em pronunciamento transmitido pela televisão estatal, ele declarou que “a vida será sombria para eles” e prometeu uma retaliação severa. “As Forças Armadas do Irã certamente atacarão com força”, disse.
Khamenei afirmou ainda que centros residenciais foram atingidos pelos bombardeios israelenses e que cientistas e comandantes também morreram.
“O regime sionista revelou sua natureza vil e cometeu um crime contra o Irã. Merece punição severa. A mão poderosa das nossas Forças Armadas não o abandonará”, disse.
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