Irã começa a retirar militares da Síria
Grupos radicais estão próximos da capital Damasco, protegida pelo regime de Bashar al-Assad
Aliado do ditador Bashar al-Assad, o Irã começou a retirar seus comandantes militares e seu pessoal da Síria nesta sexta-feira, 6.
Autoridades iranianas confirmaram a evacuação de comandantes das Forças Quds, braço externo da Guarda Revolucionária, além de diplomatas, familiares e civis iranianos, para o Iraque e Líbano.
A medida marca uma reviravolta na aliança com Bashar al-Assad, após 13 anos de apoio iraniano ao governo sírio na guerra civil. A Síria tem sido usada pelo Irã como rota para o envio de armas ao Hezbollah no Líbano.
Para o Irã, uma derrota de Bashar al-Assad significaria perder sua influência junto aos muçulmanos alauítas na Síria.
Terroristas conquistam cidade síria
Uma aliança de rebeldes tomou controle na sexta-feira, 6, da cidade de Daraa, no sul da Síria, berço da Primavera Árabe em 2011, no momento em que o regime de Bashar al-Assad protege a capital Damasco.
Nas redes sociais, há registros de vídeos mostrando a debandada do Exército da Síria.
O Comando de Operações do Sul, uma constituição formada por grupos locais, apontou a chegada a Damasco como o principal objetivo.
A distância entre Daara e a capital é de 113 km.
Os radicais, depois de terem conquistado mais de oitenta cidades, agora podem cercar Assad pelo norte e pelo sul.
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O avanço a Homs
Nesta quarta-feira, o Tahrir al-Sahm (THS) adentrou à província de Homs, que fica a 160km de Damasco.
A cidade serve como porta de entrada da capital do país, que é o objetivo principal dos radicais desde a nova insurgência contra Assad.
Além da importância territorial, a ditadura de Assad tem duas refinarias de petróleo em Homs.
Tomar a cidade de Homs, então, significaria um isolamento de Damasco.
Na capital, a Rússia estabeleceu uma base aérea e naval para proteger o regime de Assad, que ficariam sob risco de invasão dos terroristas.
Rússia recomenda saída
Aliada de Assad, a Rússia recomendou nesta sexta-feira, 6, a saída de todos os seus cidadãos que vivem na Síria em meio ao avanço dos terroristas do Tahrir al-Sahm (THS) à província de Homs.
“A Embaixada russa em Damasco lembra aos cidadãos, que vivem na Síria, sobre a possibilidade de deixarem o país usando voos comerciais através de voos comerciais de aeroportos abertos”, diz parte do comunicado.
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