Imagens de satélite mostram expansão de fábrica norte-coreana de mísseis
De particular preocupação é o fato de que esses mísseis estão sendo utilizados com mais frequência nos ataques russos contra a Ucrânia
A intensificação da utilização de mísseis norte-coreanos por parte da Rússia no conflito com a Ucrânia tem se tornado cada vez mais evidente.
O foco recai sobre a fábrica conhecida como um dos principais centros de produção dos mísseis de curto alcance KN-23 e KN-24.
Tais projéteis balísticos são capazes de transportar ogivas de até 500 quilos e, em certos casos, podem ser equipados com ogivas nucleares.
Com um alcance superior a 400 quilômetros, esses mísseis aumentam consideravelmente o poder dissuasório estratégico da Coreia do Norte.
De acordo com autoridades ucranianas, as forças russas lançaram aproximadamente 60 mísseis KN-23 norte-coreanos desde o início do ano.
Ampliação das capacidades produtivas
Imagens de satélite de alta resolução capturadas no final de outubro evidenciam a expansão das instalações da fábrica “Fevereiro-11”.
Comparando-se com imagens anteriores, é notório que as capacidades da planta foram significativamente ampliadas através da construção de um segundo galpão de montagem e diversas reformas.
A nova estrutura possui entre 60% e 70% do tamanho do galpão original adjacente. Especialistas sugerem que esta edificação destina-se à montagem final dos mísseis, o que deverá aumentar ainda mais a capacidade produtiva da fábrica.
As imagens também mostram que as instalações existentes passaram por múltiplas modernizações nos últimos anos, incluindo a substituição de telhados e reparos em edificações antigas.
Essas atividades contínuas destacam os esforços sistemáticos da Coreia do Norte para incrementar suas capacidades produtivas.
Moscou e Pyongyang
A cooperação entre Moscou e Pyongyang ultrapassa o simples comércio de armas. Em junho, os dois países firmaram um acordo de defesa que assegura apoio militar mútuo.
Atualmente, além de armas, a Coreia do Norte também está enviando tropas para atuar diretamente em zonas de conflito sob comando russo.
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