Hanson: “Ou protejam os direitos civis dos estudantes judeus ou enfrentem o governo”
O historiador americano Victor Davis Hanson defende que Donald Trump puna universidades como Princeton e Columbia por tolerarem antissemitismo e censura

O historiador americano Victor Davis Hanson publicou nesta semana, no site Daily Signal, um vídeo intitulado “A repressão de Trump aos campi está muito atrasada”, no qual defende uma reação dura contra universidades acusadas de permitir protestos antissemitas e violar liberdades constitucionais.
No vídeo, divulgado nesta segunda, 14, Hanson diz que instituições como Columbia e Princeton “estão violando a Constituição dos Estados Unidos” e que “acham que são grandes demais para falir”.
“Essas universidades supostamente defendem o discurso civilizado e os direitos civis, mas estão abusando desses privilégios”, diz. “Não vamos financiar com 400 milhões de dólares uma universidade como Columbia, a menos que ela garanta certas proteções a seus alunos.”
Ele cita como exemplo a tentativa de impedir, sem sucesso, que estudantes usassem máscaras e interrompessem palestras.
“Nesta semana, vocês viram manifestantes mascarados mais uma vez”, critica. “A presidente interina de Columbia renunciou porque dizia uma coisa aos professores e outra aos representantes do governo Trump.”
Em Princeton, relata Hanson, “manifestantes tentaram calar uma palestra do ex-primeiro-ministro de Israel Naftali Bennett”. Segundo ele, alunos judeus relataram ter sido alvo de ofensas antissemitas, e a universidade “aparentemente não fez nenhum esforço extra para garantir a integridade da palestra”.
Para o autor, as universidades perderam o apoio da opinião pública americana: “Já tiveram 60% ou 70% de aprovação. Hoje estão em 35%”.
Hanson diz que os campi mais prestigiados se tornaram “focos de doutrinação” e que “não existe diversidade de pensamento”, com “90% a 95% dos professores de direito ou humanidades assumidamente de esquerda”.
Ele critica a existência de “formaturas e dormitórios separados por raça” e afirma que as universidades “não garantem a liberdade de expressão nem seguem as leis contra discriminação”. “Vocês estão permitindo antissemitismo no ano de 2025 como se fosse o século XIX. O que pensam que estão fazendo?”
Hanson também denuncia a influência estrangeira nos campi: “Temos 300 mil estudantes chineses e 250 mil do Oriente Médio pagando mensalidades integrais, além de bilhões de dólares vindos de países como Catar e China para bancar professores”.
Segundo ele, esse dinheiro sustenta departamentos que influenciam a formação de diplomatas e servidores americanos.
O historiador diz que agências como o Instituto Nacional de Saúde e o Congresso americano já começaram a investigar abusos financeiros.
“Vocês estão cobrando 50% ou 60% de taxas sobre bolsas federais. Isso vai acabar. No máximo, 15%.” Hanson diz que mudanças assim podem cortar “centenas de milhões de dólares dos orçamentos universitários”.
A gestão Trump, afirma, também avalia aplicar impostos sobre os lucros dos fundos patrimoniais dessas universidades — algumas com dezenas de bilhões de dólares acumulados — e mudar as regras de financiamento estudantil.
“Vamos sair do negócio dos empréstimos e obrigar as universidades a usar seus próprios fundos como garantia.” Ele conclui com um recado direto: “Minha sugestão a Princeton e Columbia: ou protejam os direitos civis dos estudantes judeus e dos alunos em geral, ou esperem uma reação do governo federal que vocês ainda não reconheceram — e que deveriam temer.”
Quem é Victor Davis Hanson
Victor Davis Hanson é historiador, professor e colunista americano. Integra o centro de pesquisas Hoover Institution, da Universidade Stanford. Especialista em história militar e política clássica, é autor de dezenas de livros, alguns deles best-sellers.
Recebeu a Medalha Nacional de Humanidades em 2007, entregue pelo então presidente George W. Bush, e é uma das vozes mais influentes nos Estados Unidos.
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Comentários (1)
Marcia Elizabeth Brunetti
15.04.2025 08:29Precisamos fazer o mesmo em nossas universidades., especialmente as públicas. Chega de DCEs pichados com Che Guevaras.