Hamas liberta mais quatro reféns israelenses em acordo de cessar-fogo
Karina Ariev, Daniella Gilboa, Naama Levy e Liri Albag foram mantidas em cativeiro do grupo terrorista por quase 500 dias

Quatro militares israelenses foram libertadas neste sábado, 25, pelo Hamas, na segunda troca de reféns desde o acordo de cessar-fogo com Israel. Karina Ariev, Daniella Gilboa, Naama Levy e Liri Albag, mantidas em cativeiro por quase 500 dias, foram entregues à Cruz Vermelha na Cidade de Gaza.
Vestindo uniformes militares, as jovens apareceram sorridentes e em aparente bom estado de saúde em um palco montado pelo Hamas antes da transferência. O grupo terrorista também entregou a elas “sacolas de presentes”, como ocorreu em trocas anteriores.
As quatro foram levadas do palco direto para os veículos da Cruz Vermelha. Elas serão levadas para Israel, onde passarão por avaliações médicas.
Em troca, Israel libertará 200 prisioneiros palestinos, incluindo jovens e idosos, parte deles condenados a prisão perpétua.
O acordo de cessar-fogo prevê a troca de 50 prisioneiros palestinos por cada refém israelense. No total, 33 reféns devem ser libertados em seis semanas de trégua.
No último fim de semana, o Hamas entregou a lista de reféns com atraso, atrasando o início do cessar-fogo no domingo por várias horas. Naquele dia, três mulheres civis foram libertadas. Em troca, Israel libertou 90 palestinos da prisão.
O processo tem gerado tensões. O governo israelense apontou violações do acordo, como a entrega de soldados antes de civis. No entanto, aceitou os termos apresentados.
Retirada do Líbano
Após semanas de especulação, Netanyahu, afirmou nesta sexta-feira, 24, que Israel não concluirá sua retirada total do sul do Líbano.
O acordo de cessar-fogo com o Hezbollah, anunciado pelo ex-presidente dos Estados Unidos Joe Biden em 26 de novembro, estabelecia um limite de 60 dias para a retirada das tropas israelenses da região.
O prazo termina no próximo domingo, 26 de janeiro.
Em comunicado, o gabinete de Netanyahu afirmou que “o processo de retirada das Forças de Defesa de Israel, FDI, está condicionado ao envio do Exército libanês para o sul do Líbano e à aplicação total e eficaz do acordo, enquanto o Hezbollah se retira para além do Litani”.
No entanto, segundo Netanyahu, o Líbano “ainda não cumpriu totalmente” suas obrigações sobre o cessar-fogo.
“O processo de retirada em fases continuará, em coordenação total com os Estados Unidos”, acrescentou.
A imprensa israelense noticia que as FDI estão se preparando para a possibilidade de novas hostilidades com o Hezbollah.
Apoiado pelo Irã, o grupo terrorista afirmou na quinta, 23, que não aceitaria a permanência das tropas israelenses no sul do Líbano além do limite de 60 dias.
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