No Reino Unido, Greta Thunberg e quatro co-réus foram considerados inocentes em relação à acusação de desobedecerem às instruções policiais durante um protesto climático. Eles estavam sendo julgados por infringir uma lei de ordem pública que os determinava a se retirar do local da manifestação.

Polícia tenta impor condições “ilegais”

O juiz distrital John Law rejeitou a acusação devido à “falta de evidências” de qualquer delito cometido, argumentando que a polícia tentou impor condições “ilegais” aos manifestantes. Thunberg, de 21 anos, foi presa durante um protesto contra as mudanças climáticas perto do hotel InterContinental, em Mayfair, em 17 de outubro. O juiz acrescentou que as condições impostas aos manifestantes eram “tão vagas que eram ilegais”, e que “qualquer pessoa que não as cumprisse, na verdade, não estaria cometendo nenhum delito”.

Protesto pacífico e civilizado

O juiz também observou que o protesto foi “pacífico, civilizado e não violento” e criticou as evidências fornecidas pela promotoria sobre o local para onde os manifestantes deveriam ser deslocados. Segundo ele, as únicas filmagens úteis que recebeu foram “feitas por um manifestante que estava descendo de rapel”.

Direito à liberdade de expressão garantido

Após a audiência, o advogado de Ms. Thunberg, Raj Chada, disse a jornalistas: “As acusações contra eles foram justamente descartadas.”. Segundo Chada, as condições impostas ao protesto eram “inclaras, incertas e ilegais” e interferiam de forma desproporcional no direito de liberdade de expressão de seus clientes.

Ele afirmou que o governo deveria “parar de processar manifestantes pacíficos” e que “usaria todas as opções disponíveis”, caso fosse necessário tomar medidas civis contra os responsáveis por levar o caso à justiça.

O futuro da luta climática

Greta Thunberg, juntamente com dois protestantes do Fóssil Livre de Londres e dois ativistas do Greenpeace, foram ouvidos na Corte de Magistrados de Westminster, após anteriormente negarem a violação da Lei de Ordem Pública de 1986.

A acusação baseava-se na seção 14 dessa lei, que eles estariam violando ao bloquear a entrada do hotel. Nesse contexto, Thunberg e os demais ativistas continuam a luta pelo fim das práticas que provocam as mudanças climáticas e que põem em risco o futuro do planeta.