Grandes empresas anunciam recuos em políticas “woke”, mas dúvidas persistem
Estratégia de gigantes como Meta e bancos americanos levanta suspeitas de manutenção de agendas radicais sob novas roupagens

Nos últimos meses, grandes corporações transnacionais têm revisado suas estratégias em relação a políticas associadas a agendas woke, incluindo diversidade, equidade e inclusão (DEI) e metas ambientais ESG (ambiental, social e governança).
Entre as corporações que anunciaram cortes significativos em programas progressistas estão Meta, McDonald’s e Walmart. No entando, especialistas avaliam que essas mudanças podem ser apenas superficiais, visando melhorar a imagem pública sem alterar efetivamente as práticas internas.
Desde 2024, a agenda ESG tem enfrentado forte oposição nos Estados Unidos. A dissolução da Net-Zero Insurance Alliance, e a retirada de bilhões de dólares de fundos como o BlackRock, sinalizam um movimento mais amplo contra políticas ideológicas radicais. Além disso, a nova administração Trump promete eliminar iniciativas DEI em agências governamentais, intensificando a pressão sobre o setor privado.
Apesar do aparente recuo, comunicados oficiais indicam que as empresas mantêm compromissos com a sustentabilidade e metas ambientais. O Goldman Sachs afirmou que “nossas prioridades permanecem em ajudar clientes a alcançar seus objetivos de sustentabilidade”. Já a BlackRock declarou que sua saída de coalizões era para evitar problemas, mas reafirmou que continua desenvolvendo produtos alinhados com metas de sustentabilidade.
Críticos apontam que as ações dessas corporações são motivadas mais pela pressão pública e jurídica do que por uma mudança ideológica. O caso da American Airlines, processada por usar fundos de pensão para objetivos políticos em detrimento de retornos financeiros, reforça a crescente insatisfação com políticas identitárias que desviam do foco em resultados econômicos.
Analistas sugerem que o recuo parcial de empresas reflete uma tentativa de mitigar danos à reputação enquanto continuam promovendo suas agendas woke de forma menos visível. Ainda assim, a manutenção de práticas progressistas pode continuar gerando desafios legais e financeiros.
A pressão por transparência e resultados concretos torna essencial que essas corporações demonstrem se estão de fato comprometidas com uma nova abordagem ou se apenas adaptam seu discurso para evitar críticas.
A batalha entre as agendas woke e o retorno ao foco em resultados econômicos e fiduciários promete continuar dividindo o cenário corporativo e político, com impacto direto no futuro das grandes empresas e suas relações com consumidores e investidores.
Empresas apostam em mérito e excelência contra políticas woke
Empresas como Meta e Scale AI estão substituindo políticas de diversidade, equidade e inclusão (DEI) por uma abordagem centrada no mérito, excelência e inteligência (MEI). A iniciativa, defendida por líderes como Elon Musk, propõe processos seletivos baseados na competência, com foco em atrair os melhores talentos.
A Sociedade de Gestão de Recursos Humanos (SHRM) removeu recentemente o termo “equidade” de suas diretrizes, destacando a preferência por modelos que priorizem resultados concretos. Exemplos práticos, como o da Contract Guardian, mostram que ajustes nos processos de seleção têm garantido contratações mais objetivas e eficazes.
O modelo MEI reflete uma tendência crescente no mercado corporativo, onde a qualificação se torna o principal critério para decisões estratégicas de recrutamento e desenvolvimento.
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Comentários (2)
Carlos Renato Cardoso Da Costa
17.01.2025 15:48Está no pacote ESG, Simone. O ambientalismo radical anda de mãos dadas com as políticas sociais radicais.
Simone basile alves
17.01.2025 12:35Acho que tem um equivoco nessa materia. Sustentabilidade não faz parte da agenda woke